quarta-feira, 31 de março de 2010

Funk Pascoal

A Páscoa tá “chegano”
Resolvi deixar o blog mais “coelhal”
para comemorarmos juntos essa data tão especial
não é sensacional?

Vai popozuda, vai fazer um regimão
O coelhinho tá chegando e cê tá com um barrigão
Vai popozuda vê se não demora não
O coelhinho é no domingo e isso é um problemão

Bate na palma da mão, Bate na palma da mão
Reza pra logo sumir esse super barrigão
Bate na palma da mão, bate na palma da mão
Chuta o balde e como logo tudo os chocolatão

Vamo lá
Pula,pula,pula,pula,pula
Pula, pula,pula,pula,pula,pula
Que essa música pegôôôô

P.S> Deu para entender porque eu escrevo crônicas e não Funk?


terça-feira, 30 de março de 2010

Oigaletê!

Adoro prestar atenção nos ditados gauchescos. Quanto mais grosso, mais divertido. Mais grosso que parafuso de patrola ou mais grosso que papel de enrolar prego. Fico mais enrolada que cristal pra viagem pra começar esse texto. Ao mesmo tempo, tô tranquila como cozinheiro de hospício.

No início é assim mesmo, a gente fica mais perdida que cego em tiroteio. Na minha frente o papel mais branco que perna de freira e tenho que tomar cuidado para não deixar o texto mais comprido que esperança de pobre.

Existem muitos ditados conhecidos, mas os que eu mais gosto estou colocando aqui, porque o espaço é mais apertado que rato em guampa e meu tempo ta mais curto que coice de porco.

Tô mais atrasada que risada de surdo e não posso escrever uma crônica mais comprida que xingada de gago.

“Mais engraxado que telefone de açougueiro” e “Mais limpo que fogão de solteirona" são os meus prediletos.

Eu poderia citar vários outros aqui. Mas isso é pra quem é mais viajado que cusco de cigano. Eu na verdade tô mais por fora que cotovelo de caminhoneiro.

É... Na verdade não ficou tão bom. Porque fazer um texto atrativo é mais difícil que nadar de poncho.

Mas quanto a vocês, caros leitores, sintam-se à vontade para colocar nos comentários os ditados que apreciam. É mais fácil que peidar dormindo. Ai que horror! Esse ficou feio. Desconsiderem!

domingo, 28 de março de 2010

Culpa Zero

Existe a Fome Zero, a Coca Zero e o Recruta Zero. Agora decidi que existirá a Culpa Zero. Vem comigo galera! Liberte-se da sensação de agonia que te invade o peito e enfia a cara num xis burguer estilo calota de opala sem medo de ser feliz. U-hu! O final de semana está terminando e a vida é muito curta para ficarmos nos culpando por tudo que acontece.“Bóra” se entupir de refrigerante, tomar aquela coca-cola gelada com vontade, que chega a dar uma coisa boa por dentro quando a gente engole. Sentir aquela "coisinha" que dá no nariz quando foi recém aberto e o gás faz coceguinhas, sabe?

Sábado a tarde você leva seu filho naquele aniversário de um aninho, com direito a comer cachorrinhos, docinhos, bolinhos e mais vários "inhos" maravilhosos que só esses eventos proporcionam. Então à noite você resolve sair para jantar naquela pizzaria magnífica que resolveu fazer rodízzio e você não pode perder por nada desse mundo.

No domingo toda família que se preze faz churrasco. Pelo menos toda família gaúcha que se preze. E então cumpadi, você olha sempre para alguém que está despejando óleo de soja num prato pra bater uma maionese daquelas cheínhas de colesterol, mas que por serem proibidas são simplesmente maravilhosas de comer. A quantidade de colesterol é diretamente proporcional ao sabor maravilhoso que ela possuir.

E se você é como eu, que nunca espera as coisas ficarem prontas e pega um pão que está de bobeira por ali e “táca-lhe” naquela maionese antes mesmo de ficar pronta, depois fica beliscando tudo que é coisa que enxerga pela frente e quando o churrasco fica pronto você não aguenta (sem trema) mais comer, aperta a minha mão que "tu é dos meu, cumpadi"!!!

E assim o domingo vai passando, aquele sorvetinho, aquela pipoquinha, sair para passear e encontrar sempre alguém vendendo churros ou algodão doce na tua cara e ter que ouvir:
- Mamanhêêêêê, eu queeeeeeeeeeero!!!!

E então você compra porque afinal é domingo e domingo é domingo e lá pelas tantas ele vê um picolé e grita:
- Mamanhêêêê, eu queeeeeeeeeeeeero!!!!

E então você compra porque afinal é domingo e domingo é domingo e você tava louca para comer o algodão doce dele mesmo, então tudo bem vai... Lá pelas tantas com a garganta grudando de tão doce e já comendo aquele algodão com cara de nojo e sentindo aquele treco grudar nos teus dentes, procura desesperadamente o quê? o quê? o quê? A sua amada, idolatrada, salve, salve cooooooooooca-cola...

E então quando você enxerga um barzinho com a marca dela na placa e sente uma espécie de dormência no cérebro e vai como se estivesse em câmera lenta até o bar e com um sorriso e ao mesmo tempo cara de desespero pede aquela coca gelada (até se tivesse quente desceria como uma luva) e sente a vida voltar ao seu corpo.

Ao terminar de tomar o refrigerante, sacode os cabelos e olha para o lado e vê seu filho parado com a boca toda suja de picolé olhando pra você sem entender nada. Tudo que ele quer no momento é desgrudar o dedo mingo do anelar que grudou com um pedaço do algodão doce que ficou por ali e acabou cristalizando com o tempo enquanto ele comia o picolé.

Segunda-feira a gente começa a resolver os estragos, ou não. Pode ser que alguém chegue pra você e venha com uma historinha de reeducação alimentar ou algo assim. Não, não é pra dar bom dia para o feijão e boa tarde para o arroz, mas sim eliminar de vez tudo aquilo que você pode comer só no final de semana. Quem disse? Eu estou dizendo oras. Pode comer tudinho. Afinal é você quem vai engordar, não eu.

Nada como um final de semana para a gente “chutar o balde” e atirar tudo pra cima depois de uma semana recheadinha de chateações do cotidiano. E digo isso terminando uma taça de sorvete com bastaaaaaaaante calda de chocolate por todos os lados. E um brinde a minha, a sua e a nossa barriga!

terça-feira, 23 de março de 2010

Máquina do Tempo


Se você tem um filhinho de cinco anos extremamente criativo e com muita energia para gastar e não sabe mais o que fazer com ele, sendo que ele já quase furou todos os dvds de tanto assistir sempre os mesmos, já se arrebentou todo andando de bicicleta, moto elétrica, espada, caiu com a cabeça na quina da gaveta e quase se suicidou, já desenhou em todos os papéis, até mesmo naquele documento importantíssimo que você esqueceu em cima da mesa, já carimbou, montou 567 vezes as mesmas coisas com o lego, fez o tubarão engolir 45676 carrinhos da hotwheels e já quebrou a sua casa inteira, inclusive aquela africana linda que você namorou durante meses na loja e um belo dia criou coragem e resolveu comprar e cada vez que passava na sala olhava para ela e suspirava, faça como eu, invente uma máquina do tempo viajator tabajara e deixe seu filhinho trancado no box brincando praticamente o dia in-tei-ri-nho.

Vá por mim! O máximo que pode acontecer é ele tomar algum shampoo por ali. Basta ter uma calculadora, fita crepe e uma balança. Ele entra no box, sobe na balança, aperta o código secreto para a ano que quer se tele-transportar na calculadora que está colada com fita crepe na parede, faz um barulho com a boca embaixo do chuveiro (desligado obviamente) desce da balança, abre o box, pega a espada e vai direto para a era dos dinossauros.

Pelo que percebi, se voarmos de carona nos pterodáctilos poderemos ir por cima da cabeça deles e com sorte encontraremos vários tricerátops que enfrentarão por terra o tão temido tiranossauro rex e assim poderemos voltar com vida para nossa máquina viajator tabajara à tempo de almoçarmos juntos em pleno ano de 2010. Não é incrível essa nova tecnologia?

Faça como eu, com nadinha de dinheiro você se diverte muito mais. Mas não esqueça, a calculadora tem que ser das grandes e de preferência daquelas bem bagaceiras que fazem barulhinho quando apertamos nos botões. Senão não vai ter a menor graça. Você encontra nos melhores camelôs do ramo.

Só lamento não ter me dado conta disso quando era criança. A máquina do tempo é muito mais legal que o elevador das minhas brincadeiras no box da minha mãe. Se bem que aquela encolhidinha que eu dava com os joelhos quando o elevador chegava no andar que eu queria era a melhor parte da brincadeira. Mas nada que eu não possa adaptar na máquina nova que dei ao meu filho. É tudo uma questão de criatividade. Falando nisso, tô louca para voltar para o box. Tchau galera!

domingo, 21 de março de 2010

Viajando de ônibus


-Mãããããe...

-Hummmm...

-Falta muito para o ônibus sair?

-Não meu filho, fica quietinho que o motorista já vai ligar o motor.

-Posso abrir meu pacote de salgadinho de queijo parmesão?

-Mas meu filho, recém saímos de casa e tu acabastes de tomar um café reforçado e...

-Ah mããããe, que saco!

-Tá guri! Come!

-Oba! shilepxxxxxxxx (o barulho mais próximo que imaginei de um saco de salgadinho abrindo)
O cheiro começa a impregnar no ambiente do ônibus. Um verdadeiro horror. Maria Lúcia entra no ônibus e sentindo aquele fedor de chulé de jogador de futebol depois do jogo misturado com vômito de criança, senta-se em um banco cujo lugar ao lado está vazio.

-Aaaaaaaai... - suspira ela – Essa viagem vai ser longa. Criança comendo salgadinho antes do ônibus ligar não vai dar boa coisa.Nisso ela olha pela janela e observa um homem com aspecto de mendigo fumando um cigarro atrás do outro como se o mundo fosse acabar ao entrar naquele ônibus. Ela pensa:

-Tenho pena de quem sentar ao lado daquela criatura ali.

O homem então entra no ônibus com a passagem na mão e começa a olhar banco por banco analisando qual seria o número da sua poltrona. Na medida em que ele vai se aproximando, Maria Lúcia vai rezando mentalmente para que Deus não faça isso com ela. Só que por um acaso do destino, Deus resolve não colaborar e adivinhem?

_ Licença, essa é a minha poltrona. Muito Prazer.

Maria Lúcia repensou se deveria sair dali correndo e comprar uma passagem para o próximo ônibus, mas enfim o motor foi ligado. Tarde demais, pensou ela, afundando-se na poltrona como se estivesse embarcando para o inferno. O mendigo, quer dizer, o senhor fedendo a cinzeiro, mijo e sovaco sujo estava escutando um radinho com fones de ouvido e ofereceu um dos fones para Maria Lúcia. Ela agradeceu, mas ele insistiu em colocar o fone no ouvido dela porque realmente a música que estava tocando, para ele era a melhor música que Teixeirinha já compôs. Ela escutou por aproximadamente 3 segundos e disse:

-É verdade. Também acho. Mas se o senhor me dá licença eu vou dormir. (virou-se para o lado e fingiu-se de morta - Aliás, naquele momento ela já estava desejando morrer ao invés de estar ali).

Então chegando ao trevo da cidade, Maria Lúcia abre um dos olhos e conclui que viajar sem sono de olhos fechados faz uma viagem daquelas parecer que já está na metade do caminho quando na verdade o ônibus nem se quer saiu no trevo da cidade. Decepção total.

-Cóptero! Olha o cóptero mãe!

-Meu filho aquilo é um avião agrícola.

-É cóptero!

-É um avião agrícola meu filho, ele serve para colocar agrotóxicos nas plantações.

-É cóptero! Có-pi-te-ro!

-Tá meu filho é um helicóptero! Pronto!

-Olha o cóptero de novo mãe! Uóóóóóóóóó!
Maria Lúcia morde um dos lábios e repensa o que teria feito para merecer ser castigada. Além do fedor ao lado, ter que escutar um filhotinho de ser humano dos mais chatos que não cala a boca um só minuto falando sem parar. E ignorante ainda por cima. Toca um celular. Uma musiquinha cretina das mais fuleiras que existe.

-Alôôôô (aos berros) tô saindo da redoviália! Tá um calorão dentro do ômbus, um horror! (aos berros) To levano os ovo de galinha crioula que te prometi. Mas com esse calor não sei se vão chegar bem aí.(aos berros)
Mais a sua frente o menino que já estava no terceiro pastel depois do salgadinho de queijo parmesão olha para sua mãe e diz:

-Mãããããe... Tô enjoado. Quero vomitar.

Uma simples viagem de ônibus, por mais curta que seja é sempre longa.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Gírias Idosas

Em um dos meus textos escrevi a expressão ora bolas e posteriormente percebi que realmente a idade tá pegando! Então parei para refletir o meu vocabulário e de certa forma acho que preciso conviver mais com a galera jovem. Mas será o benedito? De jeito manera quero ficar falando gírias do tempo do Ariri Pistola! Falando lorotas xexelentas. É o fim da picada!

Por obséquio, me avisem sempre quando eu fizer isso, ok? Porque daí eu vou ter que colocar as barbas de molho e repensar sem xorumelas a minha forma de falar. Eu sei que sou serelepe, bacaninha, mas essa é do balacobaco pô! Vou ter que dar uma de dente cariado e cair fora meu!

Cacilda! É o ó do borogodó ficar falando como uma velha! Daqui uns dias vou dizer para o meu filho não esquecer de levar a sombrinha quando for dar um roleh para flertar com o broto dele. Pior que isso, vai ser reclamar dos 50 mangos que ele vai me pedir pra sair com a minha caranga. Sei, vai sair de noite pra balançar o esqueleto. Vai cair na esbórnia! Macacos me mordam! E quando eu for reclamar pra ele quando ele deixar a luz sempre acesa dizendo a frase: Tá pensando que eu sou sócia da CEEE??? Putz! O guri não vai nem saber o que é CEEE!

Mas comigo não, violão! Vou rever meus conceitos e deixar tudo nos trinques! Pois é supimpa uma pessoa ser moderna com as palavras. Vou arrebentar a boca do balão, vocês vão ver! Já vou começar a exercitar minha mente, o que devo dizer na presença do meu filho quando ele for um adolescente. Bem, broto nem pensar, gata também não, rapariga então, nem se fala! E as moças meu filho? Ui, essa foi horrível! É... rapadura é doce, mas não é mole não.

Ai, assim de supetão fica difícil. A mudança deve ser lenta. Vai ser um colosso quando eu conseguir! Vou deixar de ser caxias e cheia de 9 horas e ser o que eu sou ué. É só não dizer armazém ao invés de supermercado e já é meio caminho andado. Pelo menos não digo milhopã, guidis e refresco. Já é uma grande coisa! Mas eu digo tudo jóia. Aiaiai...

Pensando friamente, tô longe do chuchu beleza, meu chapa, tudo tinindo, tudo em cima bicho. Além disso, tem muita gente que me chama de chuchu, mas numa versão ultra moderna, como se fosse uma pessoa muito querida e com x: xuxu. Ora bolas! Para mim ser chamada de xuxu é uma ofensa, já que chuchu não tem gosto, não tem cheiro e ninguém quer comer! Quer coisa mais triste que isso? Mas a expressão dar mais que chuchu na cerca... Essa sim é véia! Benza Deus! Que belezura! Esse remédio alumiou a minha vida! Não dá outra... É batata! Legal às pampas mesmo! Mas vou dar uma de João sem braço e me retirando.

Conto com vocês, leitores bacanas, para puxar as minhas orelhas quando ficar me achando a rainha da cocada preta falando gírias ultrapassadas, denegrindo a minha imagem.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Ginecologista

Como não havia pensado nisso antes? Escrever sobre um assunto interessantíssimo como ir ao ginecologista. Lendo o blog de uma amiga que fala sobre remédios, sala de espera e o famoso gineco, me deu um estalo, vou falar sobre o que eu penso disso.

Realmente a Fernanda tem razão, é horrível quando entregam o resultado da vulvoscopia para alguma paciente em voz alta. Aliás, eu nunca fiz vulvoscopia, pra que serve? Bem, deixa pra lá. Lembro que quando trabalhava na Unimed e uma colega minha totalmente distraída estava procurando o código de penioscopia em voz alta, mais ou menos assim:
- Penioscopia... Penioscopia...onde estará penioscopia...

E o cliente roxo de vergonha olhando discretamente para os lados.
Mas voltando ao assunto do gineco. É horrível mesmo. Eu particularmente me sinto um frango assado sendo recheado. A minha médica tem uma micro câmera que entra na “querida” e acabamos nos distraindo conhecendo o universo cor-de-rosa que é em seu interior. Adorei aquilo. Pelo menos a gente fica olhando para o monitor e conversando sobre “o que é aquilo” “ e aquilo ali” e “aquilo lá” ao invés de ficar olhando para o teto e rezando para sumir dali de uma vez por todas.

É muito estranho. Por isso prefiro médica a médico. Sei lá. Eu sei que ela tem uma igualzinha a minha e por isso me sinto mais a vontade. Sei que ela sente um montão de coisas que eu sinto também, então acho que por isso confio mais em mulher para ser minha ginecologista.

Além disso, acho muito estranho mostrar minha “amiguinha” para um médico amigo por exemplo, que lá pelas tantas me encontra por aí. Eu lá deitada com as pernas naquele “troço” gelado e ele lá com a cara no meio das minhas pernas e uma lâmpada iluminando o visual “daquilo” tudo. Ou então imaginem o marido de uma amiga minha apalpando os meios seios um tempão para ver se acha algum nódulo? Muito chato! Prefiro mulher e ponto. Afinal mulher tem mais habilidade em rechear um frango assado. Vamos combinar!

terça-feira, 9 de março de 2010

Mulher maravilha fake

Morri numa ventania na vida passada. E na vida anterior a passada, morri num tufão. Antes disso, na outra vida anterior a outra que veio depois da outra, morri num furacão. E o trauma me acompanha por todas as vidas agora.
Uma simples brisa quando começa a ficar mais forte me deixa nervosa. Meu estômago esquenta, minhas mãos começam a suar. Se estiver na rua tenho a sensação que uma placa vai voar em minha direção.
Quando estou em casa fico achando que os vidros vão arrebentar encima de mim. Loucura total. Um caso de psiquiatria. Eu sei, a vez que isso aconteceu foi porque deixei a janela aberta e ela bateu e quebrou. E foi bem encima da cadeirinha de papa do meu filho, mas se a janela estivesse fechada isso não aconteceria.
Meu problema agora é outro. Não posso passar esse medo para o meu filho. Para ele tenho que ser uma heroína que não tem medo de nada. Vivo momentos de pânico e disfarço bem. Faz de conta que tá tudo bem e eu estou achando tudo normal. Quer dizer, mais ou menos, pelo menos eu não grito e não choro. Só fico travada.
Foi assim que minha mãe me criou, mas infelizmente um dia tive que sair de perto dela e então minha segurança em dias de ventania voou para algum lugar e nunca mais encontrei.
Quando era pequena minha casa destelhou num vendaval e vi as telhas voando por cima dos carros que passavam na rua. Aquilo me bloqueou e agora estou aqui fazendo análise com vocês, caros leitores. Dividindo um pânico e contando a dificuldade enorme de esconder isso do meu filho.
Mal sabe ele que a “Mulher Maravilha” aqui, está mais para uma fiasquenta medrosa que morre de medo até de assopro. Sou bem capaz de morrer de medo, bem antes de morrer por algo que o vento possa me causar. Meu medo não tem tamanho. Vai daqui até lá, onde o vento faz a curva. Mulher Maravilha mais “fake” essa mamãe. Psiu. Não deixem ele saber disso.

sábado, 6 de março de 2010

Ora, pois...

O português é a quinta língua mais falada no mundo e tem duas grafias oficiais, o que dificulta o estabelecimento da língua como um dos idiomas oficiais da Organização das Nações Unidas (ONU). A ortografia-padrão facilitará o intercâmbio cultural entre os países que falam português, proporcionando padronização do ensino da língua ao redor do mundo. Até aí tudo bem, mas porque não pensaram nisso antes do meu nascimento? Agora já foi. Já está tudo diferente mesmo.
De que adianta escrevermos autorretrato junto para ficarmos padronizados com todos os países que falam a nossa língua? Não me entra na cabeça a necessidade de mudar tudo de lugar sendo que vamos continuar escrevendo da mesmíssima forma que sempre escrevemos, assim como nossos avós escrevem pharmácia com “ph” até hoje.
De que adianta padronizar regras de ortografia se até as palavras possuem significados diferentes no Brasil do português utilizado em Portugal. Vai adiantar eu retirar ou colocar trema em alguma palavra e me apavorar quando alguém pedir uma sopa de grelos por exemplo? Calma pessoal, grelos são apenas brotos de vegetais em Portugal.
É como tentar entender que puto em Portugal é menino e não fazer cara de ponto de interrogação quando alguém muito distinto, sério e compenetrado fala algo do tipo:
- Quando era puto subia em muitos troncos.
Pior que isso, se não souber que pica é injeção e ouvir:
- Quando era puto, morria de medo de pica.

Mas nada é tão ruim que não possa piorar... Afinal em Portugal a palavra caixa para guardar objetos chama-se boceta, do catalão boixeta, você já pensaram na cara do Padre da cidade ouvindo um palestrante num evento cheio de pompa dizendo para nós brasileiros:
- Quando era puto em Lisboa, morria de medo de pica quando vinham dentro de bocetas coloridas.

Fiquei na dúvida se contava mas... A palavra Cu em Portugal é bunda e inevitavelmente imaginei um médico dizendo que para curar uma doença mais rapidamente, devemos levar pica no cu, ou seja, injeção na bunda. Não adianta pessoal, é diferente. Portugal é Portugal, Brasil é Brasil e não vou me acostumar com isso nunca. Porém, sei que devemos quebrar paradigmas e abrir nossas mentes para as coisas do mundo. Aceitar o que não tem remédio e ser flexível. Portanto aos poucos vou treinando algumas regras e aqui vai uma dica: Nunca trema em cima da linguiça hein?

quinta-feira, 4 de março de 2010

Mudanças

"Temos que continuar nos reinventando. Quase que a cada minuto. Porque o mundo muda num instante e não há tempo para olhar para trás. Às vezes, a mudança nos é imposta. Às vezes, acontece por acidente. E fazemos o melhor delas. Temos que constantemente achar modos para nos consertar. Criamos novas versões de nós mesmos. Só precisamos ter certeza que é uma evolução."
Meredith Grey (Grey´s Anatomy - Valentine's Day Massacre - S06E14)
P.S> Tinha anotado quando li no blog: santaseinsanas.blogspot.com e depois não me lembrava de onde tinha tirado isso, coloquei como autor desconhecido. Levei um puxão de orelha das gurias do blog por não ter mencionando o blog delas... Meninas... Desculpem! Eu adoro o blog de vocês!

terça-feira, 2 de março de 2010

O som do silêncio


Sim, tem momentos que é preciso parar. Fazemos tantas coisas ao mesmo tempo que esquecemos de escutar o que se passa dentro de nós. Só conseguimos fazer isso quando nosso interior grita para ver se alguém escuta e faz alguma coisa.

Temos que ter aquele tempo para a gente. Silêncio total. Entrar numa banheira de água quente e mergulhar escutando o som do silêncio da água. Escutando o coração bater. Perguntar para si mesmo qual o caminho a seguir. Escolher. Definir. Estabelecer novas metas. Novos rumos. Decidir.

Respirar fundo, enxergar o que não se pode ver. Qual o melhor caminho a seguir? Quem saberá ao certo o que é certo nisso tudo? O silêncio... Ele tem as respostas.