sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Eu & as estátuas

Não sei você, mas eu adoro interagir com as estátuas. Estão sempre dispostas a serem fotografadas ao nosso lado sem nenhum comentário chato, como daqueles que seu amigo mal-humorado que odeia posar para fotos faz. Quando enxergo uma estátua, pá... Tô eu lá do ladinho pronta para tirar uma foto.

Drummond. Sempre tão calado. Um bom ouvinte.

Queriiiidos. Um casal simpático.

Eu e Juscelino saindo da Cachaçaria em Búzios. Ele até tirou os sapatos e sentou depois do porre.

Verificando se não existe bichinho da cárie.
Praticamente amiga íntima.

Patrícia e eu no Projeto Tamar na Bahia.

Nos concentramos juntos.

Dá bejim na Natim.

Mamãe canguru.

Me mostrou um batom óteeeeemo que uso até hoje.

Ele sempre me cumprimenta quando vou ao Rio de Janeiro.


Sempre conversamos nas minhas idas à Brasília.

Sarah e Juscelino em Brasília. Extremamente simpáticos.

Nos reencontramos em Búzios e fui verificar se o sapato dele ainda estava quente.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

O ato de cumprimentar

Vivemos numa sociedade e por mais que dê vontade de baixar a cabeça e não olhar para a cara de ninguém num dia de TPM, cumprimentar as pessoas é algo que deve ser feito independente de querer ou não.

Cumprimentamos automaticamente sem nem pensar muito. Outras vezes falamos um simples oi com um pensamento crítico em relação a pessoa que nos cumprimentou. Se cumprimentarmos e ela fingir que não viu, daí sim os pensamentos pioram no grau da crítica.

As pessoas normalmente estão com pressa e muitas vezes respondem um “oi tudo bem” apenas como uma forma de cumprimentar mesmo. Na verdade elas pensam:
- Oi. (estou com muita pressa...)
- Oi. (não tá nada bem, mas tudo bem...)
- Oi. (quero que você se exploda, nunca me cumprimenta e agora fica aí com um sorrizinho amarelo...)
- Oiê! Tudo bem! E contigo tudo bem? (Pergunta se eu quero sair pra jantar! Pergunta! Diz que eu tô linda! Fala alguma coisa seu idiota!)
- Oi. (mas tu tá gorda hein? Credo!)
- Oi. (mas o que ela tá fazendo que tá tão magra? Deve estar se entupindo de boleta!)
- Oi. (esse aí deve estar mexendo com tóxico, de carrão novo!)
- Oi. (O babaca bem faceiro com as guampas lá no teto)
- Oi. (PQP vai ser lindo assim lá em casa!)
- Oi. (Melhor agora que tu chegou. Ai Meus Deus que boca linda!)
- Oi. (Imagina essa criatura limpando o nariz, pelado, sentado no vaso. Não deve ser tão lindo assim. Pensando bem, deve sim.)

Pois bem, existe diferença entre o "oi" e o "ó". O “ó” é desprezível. Você despreza alguém, mas larga um “ó” ao invés de “oi”. Nesse caso o pensamento é bem sutil tipo:
- Ó. (Babaca).
- Ó. (Imbecil).
- Ó. (Ridículo).

Normalmente eu respondo tudo bem e contigo? A pessoa responde tudo bem e saímos bem faceiros pela rua. Na maioria das vezes respondo como se estivesse no piloto automático. Nem penso na resposta, cumprimento e sigo pensando no que eu tenho para fazer naquele momento. Tipo:
- Oi tudo bem? (pensando: Acho que uns 500 gramas de guizado dá para fazer uns quantos pastéis. Vou comprar essa quantidade mesmo!)

Mas nem sempre é assim. Em alguns momentos digo: Oi tudo bem? E a pessoa me pega pelo braço e começa:

Bem...Não tão bem, a Vó Tertuliana morreu faz 1 ano, simplesmente dormiu e não acordou até hoje. A Vó Marculina morreu faz bem pouquinho tempo, essa sofreu como uma condenada coitada! Teve AVC e depois pegou pneumonia. Pra completar ficou com umas feridas na perna de tanto ficar deitada que era a visão do inferno. Foi um horror! Eu to bem agora, mas me separei há três anos atrás menina e foi um horror, chorava todos os dias, quase me desidratei, sabecumé né, a gente nunca espera que vai levar um chifre e quando vê pá o chifre tá lá bem grande no meio da nossa testa. Sabe que já que tu perguntou eu lembrei de te contar que o pai está bem, mas casou com uma bisca que não sei nem de onde ele tirou, tá morando atrás da casa do Leôncio, mas tá feliz é o que importa. A mãe já é mais complicado porque tá com artrite, artrose, labirintite, lordose e gastrite. Affff....Resumidamente é isso... Tirando que passei a noite toda com dor na bexiga com uma cistite horrível. Já falei com o Dr. Astério, mas ele me disse que já me deu todos os remédios possíveis para infecção urinária e não sabe mais o que vai fazer comigo. Eu acho que deve ser um tumor maligno de repente, que tu acha? Me diz, afinal tu já trabalhou na Unimed, tu é praticamente médica, de repente tu até sabe o que eu posso tomar para a dor na coluna. Tu acredita que ontem eu não conseguia me levantar da cama de tanta dor? Mas assim, só dói quando eu respiro sabe?

Daí eu respondo:
- Credo! Já pensou em fazer Yoga? Yoga é ótimo! (Já me distanciando).
- Mas criatura eu não consigo ter tempo pra nada! Só fico limpando a casa e cozinhando para a família inteira. Já te falei que o meu filho se formou? Pois é... Vai casar. E tu acredita que vai morar bem longe de mim? Eu não acredito nisso, vou tentar fazer alguma coisa, mas sabe como é minha nora.
- Bueno, eu preciso ir, outro dia a gente se fala, manda um abraço para a família!
- Peraí, volta aqui guria, deixa eu te contar...
- Desculpe, to com uma pressa danada. (Engata uma “primeira” nas pernas e te arranca de perto da criatura!)

Concluindo: Mesmo que você esteja muito mal e o mundo esteja caindo com um tsunami vindo em tua direção, simplesmente responda: - Oi, tudo bem! E siga caminhando em direção ao seu destino. Só isso. FUI CLARA?

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Ponto de vista

Aprendemos muito com a vida. Errando e acertando. Encontramos em nosso caminho pessoas dignas de serem admiradas, outras vezes nos enganamos feio. As cascas externas não demonstram a podridão da árvore e só descobrimos isso quando ela é retirada. Portanto não vale a pena perder tempo com árvores podres e vazias por dentro.

Dirija teu olhar para novos horizontes, onde germinam sementes boas. Nessa vida, dinheiro, carrões, cifras... Nada disso tem valor algum quando não se tem dignidade e vergonha na cara. Essência e não aparência. Amar a si próprio antes de amar os outros, sendo digno de respeito e consideração. Não ser motivo de piadas para ninguém. Poder andar na rua de cabeça erguida, dando exemplo aos filhos durante a vida.

Errar não é feio, podemos corrigir sempre em tempo hábil, mudando o cenário completamente em busca da felicidade, desde que isso não estrague nossa essência e nem sequer arranhe a nossa dignidade.

Somos responsáveis por aquilo que cativamos. Quando estamos no meio de pessoas de bem, positivas e felizes, ficamos como elas e irradiamos luz, alegria, energia boa e com isso recebemos em troca aquilo que emitimos. Mas se estivermos perto de pessoas negativas, invejosas, infelizes, recalcadas, falsas, só conseguiremos nos envolver nesse tipo de energia e seremos um deles sem perceber. Afastaremos de nós quem não se sente bem com isso e viveremos num mundo de intrigas, mesquinharias e energia negativa.

É como se emaranhar numa trama nojenta e gosmenta e não conseguir mais sair dela. Às vezes acreditamos nas pessoas por não conhecê-las, e quando conhecemos percebemos que nada tem a ver com a gente. São pessoas muito diferentes, que não nos acrescentam em nada, pelo contrário, só nos desgastam e nos trazem tristezas.

Nós podemos escolher: luz ou escuridão? A resposta nós sabemos, o que falta é atitude.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

A inércia do amor

É preciso uma atitude interna. Parar, refletir, respirar, escutar o que o coração diz. Dificilmente conseguimos prestar atenção no que ele diz, porque o cérebro não deixa. Fica gritando mais alto. E nessa guerra de quem grita mais alto ficamos nós, no meio da confusão sem saber se escuta o coração ou a razão.

O som do silêncio proporciona um processo de transformação e autoconhecimento. As mudanças têm que ser feitas com muita sinceridade para que a alma fique realmente tranquila. Não adianta sair por aí enganando a si próprio sobre questões que surgem no decorrer do tempo. É difícil conviver em paz com nós mesmos e com a realidade que nos cerca.

Somos vaidade, mesmo sabendo que isso não tem valor algum. Somos imagem, mesmo sabendo que o que importa é a essência de cada um. Somos aquilo que queremos ser, diante do que construímos, do que almejamos, do que alcançamos. Somos o que nossas atitudes nos transformam. Somos um pouco de tudo aquilo que um dia pensamos em ser e até mesmo aquilo que não gostaríamos de ser.

Podemos nos encontrar sozinhos no meio da multidão e não saber para onde ir mesmo tendo uma casa para voltar. Podemos sentir que algo se perdeu em meio a tantas alegrias e realizações que aos poucos foram sufocadas pelo descaso, indiferença, carência afetiva, ganância e solidão.

Bens materiais, grandes planos, dinheiro, posição social, carros do ano. De repente você se dá conta que nada disso tem valor quando o coração está vazio de sentimentos que te façam vibrar. De repente você se dá conta que nada mais faz sentido dentro de você se o coração não estiver batendo a ponto de você escutar. A ponto de te fazer flutuar e suspirar sentindo o amor no ar.

A chave pra tudo está no amor. Negligenciamos os cuidados com ele quando ficamos cegos por questões que se afastam da nossa essência. Quando estamos amando conduzimos o trabalho sem excessos porque não vemos a hora de estar perto do ser amado, conseguimos manter aquela dieta equilibrada porque muito provavelmente estamos ocupados fazendo algo que nos dê prazer com nosso amor, conseguimos fazer planos, querer melhorar, crescer para poder ser sempre admirado por quem se ama e manter isso aceso por muito tempo. Somos melhores quando amamos e ficamos mal quando o coração está machucado. Nada funciona direito quando apenas essa questão está em jogo. Você consegue superar tudo quando está bem no quesito relacionamento, mas não consegue se concentrar em nada quando o coração está ferido.

Acabe com todos os parasitas a tua volta, tudo que sugue tua energia. Elimine tudo que te causa sofrimento. Procure sentir paz. Reordene seus pensamentos. Defina seu foco. Perdoe o que passou e não se culpe por nada. Você precisa reagir e se abrir para o amor. E através dele encontrar tuas respostas. Enquanto a tristeza estiver ocupando teu coração, não haverá espaço para os sentimentos bons. É hora de reagir e decidir se você quer ou não transformar sua realidade. Pergunte a si mesma se está bom do jeito que está e se não estiver, o que deve mudar. Mas não depende de ninguém além de você mesma. Os nossos resultados dependem das nossas ações.