quarta-feira, 25 de março de 2015

Recomeço...

Julho de 2014 foi minha última postagem por aqui. De lá pra cá muitas coisas aconteceram, ganhei uma filha, perdi um sobrinho. Aprendi a utilizar a alegria como meio de reagir para seguir vivendo.

Vovô Buca e Gui babando muito
Marina
Aprendi que um bebê pode ser muito mais poderoso do que se imagina. Ele é capaz de levantar uma família inteira num momento de luto. Acho que por mais que saibamos que um dia vamos morrer, nunca estaremos preparados, ainda mais assim, de uma hora pra outra num acidente estúpido.


Marquinhos
A saudade é do tamanho do mundo e a dor inexplicável. Junto a isso vem o medo enorme de perder as pessoas que ficaram. As cenas dos momentos felizes se misturam com os momentos tristes.  Em meio a tudo isso, ficou uma sementinha que descobrimos na missa de sétimo dia. João Marcos nasceu em fevereiro desse ano resgatando um pouquinho da presença do nosso inesquecível  Marquinhos.  


João Marcos
No balanço da vida, posso dizer que tudo que nos acontece vai nos lapidando, vamos sendo temperados com o melhor aço, vai melhorando a nossa maneira de ser e agir, nos fortalecendo. A cada ano que passa vamos sofrendo metamorfose, onde o sofrimento nos melhora como seres humanos.

Perdemos muito tempo preocupados com bobagens, com mágoas inúteis guardadas no peito. Perdemos tempo com inimizades, com antipatias, coisas que não agregam em nada nossa existência. De qualquer forma, o melhor a fazer é manter-se neutra, viajar para o mundo da reciprocidade, ficar perto das pessoas que sabem retribuir o carinho que lhes é dado e distante das que não sabem.  

O que realmente importa? Os momentos felizes com quem amamos. Que saibamos reconhecê-los e valorizá-los em nosso cotidiano.  A frase clichê “A felicidade está nas pequenas coisas” é extremamente verdadeira, mas pra isso é preciso saber enxergar o que realmente tem valor nessa vida. Algumas pessoas só descobrem quando perdem.  Perdem saúde, amores, pessoas.  Se atirarmos nossos problemas numa mesa junto aos problemas dos outros, com certeza acabaremos juntando de volta nossos próprios problemas. Só sei que por mais que algo muito forte se modifique dentro de mim, minha maneira alegre de ser não muda. Sei reagir, sei levantar, sacodir a poeira e dar a volta por cima sempre. Afinal, o que não tem remédio, remediado está. É pra frente que se anda não é mesmo?  Vida que segue!