sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

FIM DO MUNDO

Para mim, o fim do mundo é estar rodeada por gente grossa e mal educada. É gente que fura a fila e não respeita as outras pessoas que estão aguardando. Gente que joga lixo no chão. Que estaciona em local proibido. É gente que não sabe sorrir, não sabe perder e não sabe escutar um não. Gente que não relaxa nunca. O fim do mundo pra mim é gente que se faz de vítima e ao invés de andar com suas próprias pernas quer fazer os outros de muleta. Parasitas humanos que só o que sabem fazer é culpar os outros pelos seus fracassos. Gente que não gosta de bicho, de criança e de flores.

Gente que fala alto demais, aliás, gente que fala demais principalmente da vida alheia. Gente que engana, que decepciona, que é desonesta. Gente que perde seu tempo de vida desejando mal para quem quer que seja.  Gente que não paga suas contas em dia e ainda se enche de razão e pose. Gente que não tem consideração, gratidão e compaixão pelas outras pessoas. Gente que só olha para o seu próprio umbigo e ainda se ofende quando percebe que os outros não estão olhando também.
É o fim do mundo permitir que alguém assim faça parte de nossas vidas. Contaminando, envolvendo num emaranhado de intrigas, confusões e fofocas tornando a nossa vida pesada pelo simples fato de estar perto.

Bom mesmo é saber reconhecer as pessoas “fim do mundo”, riscá-las da nossa vida e recomeçar um novo ciclo ao lado de quem sabe nos fazer feliz.

Querem saber de uma coisa? Olhem esse vídeo:

Agora imaginem que todas as pessoas que vocês não querem mais que façam parte de suas vidas foram explodidas e sumiram do planeta a partir de hoje. E que venha o dia 22 de dezembro como o início de uma nova Era, onde somente as pessoas que importam estarão conosco daqui pra frente.  Feliz 2013 para todos nós!  ;)

* Ao assistir esse vídeo preste muita atenção na letra

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

EFEITO COLATERAL

No meio do caminho tinha uma pedra. Tinha uma pedra no meio do caminho. Entrou sem convite, de penetra... Simplesmente, arrebentou minha uretra...

Quase três da manhã e não consigo dormir de jeito nenhum devido aos efeitos da dolantina e morfina que injetaram em minha veia por cinco dias consecutivos de 4 em 4 horas. Na verdade, só tenho a agradecer por essas drogas que me impediram de cantar o Hino Nacional de trás pra frente de tanta dor. Cada vez que me fincavam uma agulha com uma seringa do tamanho do meu secador de cabelo, sentia um alívio inexplicável... Mas isso foi lá, aquele dia... Agora chega! Não aguento mais não ter controle da situação.

Imaginem o sofrimento de não poder fechar os olhos ou apagar a luz que já começa uma espécie de start de imagens psicodélicas sem fim, te fazendo sentir que está realmente dentro daquela imagem. Eu defino o canal que quero assistir entendeu? Quero fechar os olhos e simplesmente dormir em paz no “escurinho do cinema”. Cansei de ficar olhando a bolinha que engoliu a outra bolinha que por uma fagocitose multicolorida em neon resolveu vomitar um trilhão de bolinhas de luz formando uma onda gigante de flores roxas com cordões rosa pink que não param de piscar pra mim.
Preciso dormir! E preciso fazer isso no escuro... No silêncio do meu quarto sem interrupções. Preciso da escuridão total para dormir. Só que quando fecho os olhos, meu travesseiro vira um algodão doce que não mela e me faz voar numa imagem mega ultra power colorida onde lá pelas tantas aparece o Darth Vader abrindo a boca que sai outro Darth Vader de dentro e depois outro e depois outro. Pra piorar ele está dançando eu quero tchu eu quero tchaaa achando mega engraçado quando aponta pra mim como se dissesse: “eu quero tuuuu”. Sim, o Darth Vader me quer... E tá insistindo. Eu abro os olhos e penso mas esse cara tá “pedindo uma garoa com vento na cara”...

Tô entrando em pânico! Acendo o abajur, olho para o quarto... Tudo normal, meu quarto é todo branco, então olho para os lados e penso: Sim, tá tudo bem Renata Miranda volte a dormir.
Esquece o Darth Vader, essa hora ele encontrou o ET da visão anterior e foram passear na nave aquela que se abria em camadas e pingava sorvete nas estrelinhas que explodiam em luzes de neon naquele universo com um jogo de degradê que eu ju-ro, que adoraria saber reproduzir num quadro de tão lindo que achei.
Sabe, eu confesso, no início eu achei super divertido e legal. Tinha horas que eu ficava rindo e pulando bolhas de sabão e a porta do meu quarto começou a enraizar na parede e foi tomando conta do quarto todo. Todo trabalhado no marrom com dourado, aquilo tava um show! Como eu gostaria de conseguir reproduzir aquele desenho com minhas próprias mãos. Queria poder dividir com o mundo o que estava na minha cabeça. O “lance” é lindo demais para guardar só pra mim. Queria uma análise crítica da minha mãe que adora pintar quadros naquela cena. Uau! Minha mãe ia pirar com esse! Caraca! Olha isso! Aquele hibisco gigante acabou de explodir e eu não consigo mais parar de pensar no quanto isso foi lindo de morrer e eu aqui sem poder mostrar, presa dentro de mim mesma. Socorro!  Alguém me ajude! Estou presa num lugar muito agoniante e ao mesmo tempo tão lindo que se não fosse tão chato e demorado para passar e eu tivesse o controle de fazer parar eu juro que até ia dar uma “negociadinha” com alguma enfermeira para conseguir mais.


Mas como eu ia dizendo... Hã? Que foi? Ai, a plaquinha que trouxe do Chile todo trabalhado no cobre que tenho no corredor acaba de balançar a cabeça pra mim.  Até me assustei! Achei que ele fosse me arremessar a lança que tem na mão com aquele braço gorducho todo trabalhado nas 787 pulseiras verdes que de vez em quando ficam piscando num movimento de vai e vem. Coisa chata! Vou ter que fechar a porta perai...

Mas gente... “PURAMOR”... É muito ruim não conseguir parar uma viagem psicodélica e voltar para a realidade de simplesmente fechar teu olho e dormir, afinal, se quiser ver  uma imagem bacana daquelas simplesmente podemos entrar no google e digitar imagens psicodélicas e pronto. Você define a hora que isso vai acontecer, você escolhe a hora de parar, você está no comando da situação.

Cansei de assistir a mesma história com personagens diferentes só porque fechei o meu olho. Onde desliga isso? Quando é dia eu quero dormir, quando chega a noite ou eu enxergo tudo se movimentando e virando imagens que mudam de forma ou eu fico como um quati assustado olhando para o teto escuro e brincando com o meus móveis que de vez em quando começam a perder a forma e formar ondinhas, universos, céus estrelados etc... Consigo sentir o corpo deslizando em ondas macias nauseantes com imagens extraordinárias.
Procurei se existe um antídoto, algo que me deixe com os olhos normais novamente para liberar a mente e decidir se posso ter o direito de contar carneirinhos normais que não pisquem e me ofereçam seus cocôs em saquinhos de bibis enquanto um papagaio se transforma no Nei Matogrosso e conversa comigo com a voz da Alcione.

Droga é uma droga mesmo! Meu cérebro esta a milhão dançando “caracarambacaracaraô” pra mim. Xiiii... Aquela tartaruga com a cara da Henriqueta Brieba que faz cocô de notas musicais coloridas está tentando se comunicar comigo e eu não sei falar tartaruguês. Tô tentado me esforçar e não consigo entender o que ela fala. Ela encolhe o pescoço que mais parece (desculpem o palavrear) um “pinto” de um senhor de 98 anos de dentro daquela imagem saem  vários outros “pintos” de neon com um saco escrotal com olhos que piscam sem parar.  Ficam pulando dentro de um buraco negro lindo de morrer rosa chock que vomita um degradê todo trabalhado na linha do rosa e azul piscina que  faria Clóvis Bornai morrer de inveja.
Só sei que cada vez que a dor recomeçava, enfermeiras bacanas adentravam o quarto do hospital e depois lembro de fazer o símbolo da paz e amor para os meus pais, dar um tchauzinho e ficar rindo sozinha.


Me peguei por um momento, que demorou muito, “me achando” “A INTELIGENTE” quando enxergava painéis eletrônicos com vários números que piscavam em alto brilho todo trabalhado na purpurina dourada. Me senti num filme policial interessantíssimo, e se alguém ousasse falar comigo e me fazer abrir os olhos eu juro que matava naquela hora se tivesse algo pontiagudo nas mãos... Estava achando uma delícia poder voar em ondas magnéticas que me faziam sentir poderosa e me via fazendo altos cálculos de matemática e o resultado aparecia em vermelho todo trabalhado na purpurina vermelha “a la bola de natal” com o que eu estava pensando e mostrava que estava certo. Incrível! Havia todo um serviço de inteligência da policia todo trabalhado no degradê do preto e cinza que pareciam um sorvete derretendo com diversas cabeças em 3D que saltavam subindo e descendo perguntando qual o resultado do próximo enigma. Foi um dos que eu mais gostei. Me enxergava anotando num bloco, que se não me engano pedi para a Alice que gentilmente me emprestou enquanto o coelho passava por nós com um relógio que derretia e dizia: o tempo está acabando, o tempo esta acabando...

Me senti tão poderosa, mas tão poderosa que falei até um “CASTABOCA” dos meus para a neurótica da rainha que ficava repetindo cortem a cabeça dela! Cortem a cabeça dela! E PASMEM! Ela ficou bem quietinha e dos seus olhos saiam lágrimas psicodélicas lindas de morrer todo trabalhado no rímel “GIVENCHY”.
(Abrindo um parêntese, sabecumé, drogado quando tá doidão não para de falar e imenda um assunto no outro sem parar para respirar, mas quase doei um rim uma vez num ato de loucura e acabei comprando esse rímel porque me disseram “QUE RIMEL MELHOR NÃO HÁ” Putz! Aquilo era verdade e toda vez que pego o meu rimelzinho todo trabalhado na Loreal amaldiçoo quem me deu essa informação, preferia ter morrido na ignorância de não ter conhecido um rímel que realmente faz você mexer o cabelo e fazer “ZOINHO” quando caminha pela rua).
Mas enfim, deixa isso pra lá, eu tava falando da Rainha... O que eram as cores das lágrimas que saiam dela? Acabavam virando uma onda toda trabalhada do dregradê que saía do cinza e explodia fogos de artifício prata... Uma cosa “lindia” que eu nunca mais vou esquecer.

O quê? Já são cinco da manhã?
Querem saber? Vou encarar o presépio todo trabalhado na luz neon branca com purpurina prata que está fazendo um social no corredor na frente da porta do meu quarto enquanto o Roberto Carlos canta: Essa luuuuuuuuuuuuuuz é claro que é Jesus... Tá lindo de ver... Pode ser que apareça meu São Miguel Arcanjo lindo de morrer todo trabalhado no dourado com aquela espada saindo fogo azul todo trabalhado no degradê no mesmo tom que de vez em quando explode um raio “a la fogos de artifício estilo CASA DO TIO CHOCO NO ANO NOVO”.

Enfim... Como eu ia dizendo:  desculpem a prolixidade. Ficar falando sem parar como a Narcisa, mas gente drogada é um porre mesmo!