quinta-feira, 18 de março de 2010

Gírias Idosas

Em um dos meus textos escrevi a expressão ora bolas e posteriormente percebi que realmente a idade tá pegando! Então parei para refletir o meu vocabulário e de certa forma acho que preciso conviver mais com a galera jovem. Mas será o benedito? De jeito manera quero ficar falando gírias do tempo do Ariri Pistola! Falando lorotas xexelentas. É o fim da picada!

Por obséquio, me avisem sempre quando eu fizer isso, ok? Porque daí eu vou ter que colocar as barbas de molho e repensar sem xorumelas a minha forma de falar. Eu sei que sou serelepe, bacaninha, mas essa é do balacobaco pô! Vou ter que dar uma de dente cariado e cair fora meu!

Cacilda! É o ó do borogodó ficar falando como uma velha! Daqui uns dias vou dizer para o meu filho não esquecer de levar a sombrinha quando for dar um roleh para flertar com o broto dele. Pior que isso, vai ser reclamar dos 50 mangos que ele vai me pedir pra sair com a minha caranga. Sei, vai sair de noite pra balançar o esqueleto. Vai cair na esbórnia! Macacos me mordam! E quando eu for reclamar pra ele quando ele deixar a luz sempre acesa dizendo a frase: Tá pensando que eu sou sócia da CEEE??? Putz! O guri não vai nem saber o que é CEEE!

Mas comigo não, violão! Vou rever meus conceitos e deixar tudo nos trinques! Pois é supimpa uma pessoa ser moderna com as palavras. Vou arrebentar a boca do balão, vocês vão ver! Já vou começar a exercitar minha mente, o que devo dizer na presença do meu filho quando ele for um adolescente. Bem, broto nem pensar, gata também não, rapariga então, nem se fala! E as moças meu filho? Ui, essa foi horrível! É... rapadura é doce, mas não é mole não.

Ai, assim de supetão fica difícil. A mudança deve ser lenta. Vai ser um colosso quando eu conseguir! Vou deixar de ser caxias e cheia de 9 horas e ser o que eu sou ué. É só não dizer armazém ao invés de supermercado e já é meio caminho andado. Pelo menos não digo milhopã, guidis e refresco. Já é uma grande coisa! Mas eu digo tudo jóia. Aiaiai...

Pensando friamente, tô longe do chuchu beleza, meu chapa, tudo tinindo, tudo em cima bicho. Além disso, tem muita gente que me chama de chuchu, mas numa versão ultra moderna, como se fosse uma pessoa muito querida e com x: xuxu. Ora bolas! Para mim ser chamada de xuxu é uma ofensa, já que chuchu não tem gosto, não tem cheiro e ninguém quer comer! Quer coisa mais triste que isso? Mas a expressão dar mais que chuchu na cerca... Essa sim é véia! Benza Deus! Que belezura! Esse remédio alumiou a minha vida! Não dá outra... É batata! Legal às pampas mesmo! Mas vou dar uma de João sem braço e me retirando.

Conto com vocês, leitores bacanas, para puxar as minhas orelhas quando ficar me achando a rainha da cocada preta falando gírias ultrapassadas, denegrindo a minha imagem.