Todo fanatismo é burro. Uma ideia baseada
em rejeição de qualquer outra ideia que não a da interpretação particular de
quem o possui. E o mais estranho é que muitas vezes alguém considerado
inteligente pode ficar sem raciocínio lógico algum quando resolve ser fanático.
Prova disso é a reação de algumas pessoas diante da política, do futebol e da
religião.
É
um fervor excessivo, irracional e persistente. Para algumas pessoas, beira o
delírio. Uma agressividade exagerada, totalmente desnecessária, um intenso
individualismo onde a sua opinião está acima de qualquer coisa e suas ideias
são carregadas de preconceitos. Um estreitamento mental impressionante que só
demonstra o quanto um fanático pode ser fraco e dependente das suas crenças.
Ser
apaixonado por uma ideologia, um time de futebol ou uma religião não significa
aceitar o fanatismo. É preciso um equilíbrio de emoções e atitudes. Não
podemos sair por aí agredindo as pessoas só porque elas pensam diferente de
nós, embora podemos e devemos comemorar e extravasar na alegria quando algo que
admiramos obtém um excelente resultado. Infelizmente não é o que se percebe nas
redes sociais num final de campeonato por exemplo. As pessoas perdem a linha.
São extremamente desagradáveis e infantis. Promovem comentários toscos sem
estruturação do pensamento e sem uma conclusão coerente. Ofendem grandes amigos
com comparações grosseiras que nada condizem com a realidade. E eu pergunto:
Pra quê? De que adianta isso tudo? O que se consegue de positivo com isso?
Nos Estados Unidos, uma seita suicida simplesmente acreditou num maluco com
um conceito de um avanço evolucionário e viagens
para outros mundos e dimensões e pronto! Foi-se embora o raciocínio pela
própria cabeça. Aliás, foi-se embora a cabeça. O treinamento de um terrorista,
sobretudo dos homens-bomba é criteriosamente estruturado. A fé é a única convicção de todos eles. Não se trata de luta por território,
por liberdade ou dignidade, trata-se apenas de obediência ao líder supremo:
Alá. São como ovelhas, aonde um pastor vai gritando na frente e elas de
cabeça baixa seguem em direção à mangueira sem sair do trilho das demais.
É uma adoração cega por algo que acredita ser
a tábua de salvação. Um pai que entrega o corpo do filho recém-nascido para uma
seita, por acreditar na ideia de algum doente mental com excelente oratória,
que o convenceu que assim ele conseguiria ser bem sucedido na vida. No
fanatismo, até mesmo alguns ateus conseguem ser fanáticos. Querem combater
qualquer ideia associada a uma crença em algo superior que possa transmitir paz
a alguma pessoa na face da Terra. Ora, que diferença faz se uns acreditam em Buda, outros em Allan Kardec e outros em Jesus Cristo? Para eles tudo isso é ridículo e deve ser contestado em todas as oportunidades possíveis.
Fanático é chato. Desagradável. Geralmente está cercado por outros
chatos fanáticos como ele. Gente que
segue o impulso de uma paixão sem ser coerente, ou seja, fazer o bem sem olhar
a quem, desde que pense como eu dentro da minha crença religiosa. Ser educado e
manter minha postura profissional, desde que seja do meu time ou do meu partido
político.
Aliás, na política a situação é ainda pior, pois por uma sigla,
fanáticos defendem uma corja de corruptos como se fossem seus próprios pais,
brigam com amigos que questionam o comportamento de um bando de falcatruas e no
final das contas o político pelo qual se brigou tanto está apertando a mão do
adversário combinando um acerto posterior nojento de benefícios mútuos.
Afinal, o fanatismo serve pra quê? Algo que cega, que perde a linha, que promove discórdias e antipatias. Que não gera uma discussão lógica e coerente de pontos de vista distintos. Que não traz benefício algum. Demonstrar sua paixão através de ofensas com alguém que pensa diferente é algo totalmente desnecessário e burro.
Afinal, o fanatismo serve pra quê? Algo que cega, que perde a linha, que promove discórdias e antipatias. Que não gera uma discussão lógica e coerente de pontos de vista distintos. Que não traz benefício algum. Demonstrar sua paixão através de ofensas com alguém que pensa diferente é algo totalmente desnecessário e burro.
Profissionais, que deveriam ter certa postura, perdem completamente a
linha por serem fanáticos. Amigos acabam discutindo e ofendendo-se gratuitamente
sem a menor necessidade. Namoros são impedidos pela diferença de cultos.
Fanatismo é nojento. É algo que só demonstra o quanto a pessoa é fraca e
pequena pra quem olha de fora. O quanto o ser humano está longe da evolução e
prefere viver dentro de um pequeno círculo de opinião para não precisar gastar
energia com raciocínio. Digno de pena.