quarta-feira, 26 de maio de 2010

Conte-me sobre seus pais...

Fazer análise é fantástico! Estou adorando remexer lembranças num velho baú e descobrir que cada minuto das minhas atitudes tem efeitos alarmantes daqui um tempo. Descobrir que aquela chateaçãozinha que me magoou a algum tempo atrás não foi algo banal, mas algo bem grave que me feriu como ferro em brasa. A dor passou, mas a marca ficou. E cada vez que eu olhar para a marca na minha alma, vou lembrar do momento vivido e isso vai me causar sofrimento. Então o que devo fazer é resgatar essas velhas lembranças e resolvê-las dentro de mim, como se fizesse um tratamento para retirar a marca da pele para que eu não tenha mais que olhar pra ela e lembrar do que me feriu.

É um conjunto de técnicas psicoterápicas que visam elucidar as conexões entre componentes inconscientes no processo mental com a finalidade de alcançar a eliminação do que nos incomoda. A nossa alma começa a ficar leve.

Começamos a perceber que devemos nos libertar do que ficou para trás e olhar para frente. Devagar e sempre. Um passo de cada vez. E a cada dia vamos nos sentindo mais fortes, mais livres do que nos perturba a alma.

É como se você diluísse o problema aos poucos com água pura e cristalina. E num certo momento diluísse tanto que ele se dissolve e termina. Estou adorando. Estou encantada. Descobri que tenho alma e ultimamente estava dentro de um corpo que caminhava por aí sem ela. Descobri que tenho um perfil bem resolvido que busca estar sempre em sintonia com a felicidade. Não me permito ser infeliz. Apenas isso.

Descobri que as pessoas que me importam e que me amam de verdade estão do meu lado aconteça o que acontecer. E quem não me interessa, quem não tem a menor importância na minha vida nunca vai entender absolutamente nenhuma atitude minha, vai criticar, inventar mentiras, machucar... Então realmente não me importa as aparências, me importa a essência. O meu interior. A minha sensação de paz.

Mas fazer análise resgata traumas de infância. É um confronto entre os seus pais e você. Cada detalhe do teu passado é importante e algum bloqueio muito forte pode estar diretamente ligado a fatos, até mesmo quando estávamos no útero materno.

Acho que entendi por que sou assim. Autêntica, “fora da casinha”, falo o que penso e sou incrivelmente debochada que em certas horas até eu mesma fico com nojo de mim. Guria mais chata! Nem todo mundo gosta de piadinhas fora de hora. Tenho vontade de gritar: “CASTABOCA” pra mim mesma. Sei lá. Preciso disso para viver. É como se meu corpo precisasse de uma energia que vem da gargalhada para se mover. Minha música tema poderia ser diversão é solução pra mim. As fotos abaixo explicam tudo. Meus pais. Eles são os culpados.

Pôxa que coxa! Gostei da bota... Do meu pai.

Pôxa que coxa II! Bem que eu podia ter herdado as coxas da minha mãe. Mas meu corpo foi geneticamente modificado e fiquei com as coxas do meu pai. Broxante!

E depois a fora da casinha sou eu? Minha mãe e meu avô materno. Especificamente nessa foto senti vontade de perguntar para minha mãe se ela fumava maconha, mas acho que ela não faria isso se estava passando o carnaval com o próprio pai. Porém nessa época o lança-perfume era liberado. Isso pode explicar a cara de abobada.

Detalhe: Observe a criatura de outro planeta que transita ali pelo meio. Ou é a Samara Morgan ou é o floquinho da turma da Mônica disfarçado de ser humano para pular carnaval em Caçapava. Não sei você, mas eu senti medo.

Meus pais nos dias atuais... Meu pai e sua tolerância zero com gente burra e minha mãe que usa todo o tempo livre de aposentada para estudar física quântica, é totalmente vegetariana, tentando transformar as pessoas do planeta em culpados por comer um simples presunto e querendo salvar a vida das chinchilas participando de desfiles de moda com manifestações contra casacos de pele legítimos, além de lutar pela vida de todas as baleias do oceano.

E aí? Tá explicado porque eu sou assim?