Julho de 2014 foi minha última postagem por aqui. De lá pra
cá muitas coisas aconteceram, ganhei uma filha, perdi um sobrinho. Aprendi a
utilizar a alegria como meio de reagir para seguir vivendo.
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Vovô Buca e Gui babando muito |
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Marina |
Aprendi que um bebê pode ser muito mais poderoso do que se
imagina. Ele é capaz de levantar uma família inteira num momento de luto. Acho
que por mais que saibamos que um dia vamos morrer, nunca estaremos preparados,
ainda mais assim, de uma hora pra outra num acidente estúpido.
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Marquinhos |
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João Marcos |
No balanço da vida, posso dizer que tudo que nos acontece
vai nos lapidando, vamos sendo temperados com o melhor aço, vai melhorando a nossa maneira de ser e agir, nos fortalecendo. A cada ano que passa vamos sofrendo metamorfose, onde o sofrimento nos melhora
como seres humanos.
Perdemos muito tempo preocupados com bobagens, com mágoas
inúteis guardadas no peito. Perdemos tempo com inimizades, com antipatias,
coisas que não agregam em nada nossa existência. De qualquer forma, o melhor a
fazer é manter-se neutra, viajar para o mundo da reciprocidade, ficar perto das
pessoas que sabem retribuir o carinho que lhes é dado e distante das que não
sabem.
O que realmente importa? Os momentos felizes com quem amamos.
Que saibamos reconhecê-los e valorizá-los em nosso cotidiano. A frase clichê “A felicidade está nas
pequenas coisas” é extremamente verdadeira, mas pra isso é preciso saber enxergar
o que realmente tem valor nessa vida. Algumas pessoas só descobrem quando
perdem. Perdem saúde, amores, pessoas. Se atirarmos nossos problemas numa mesa junto
aos problemas dos outros, com certeza acabaremos juntando de volta nossos próprios
problemas. Só sei que por mais que algo muito forte se modifique dentro de mim,
minha maneira alegre de ser não muda. Sei reagir, sei levantar, sacodir a
poeira e dar a volta por cima sempre. Afinal, o que não tem remédio, remediado está. É pra frente que se anda não é
mesmo? Vida que segue!