sexta-feira, 21 de março de 2014

Retorno

Quase nove meses se passaram e eu consegui bravamente me afastar do mundo virtual para a vida real. Nesse período reavaliei a vida, como sempre faço, só que sem dividí-la com a internet.

Foi então que passeando por alguns blogs que adoro, percebi que minha essência está na escrita e que preciso disso para viver.

Por onde quer que eu vá me perguntam quando retornarei ao esconderijo e manifestações de carinho surgem dos mais variados lugares. Não sabia que minha escrita influenciava tanto na vida das pessoas. Não sabia da importância das minhas palavras. Não fazia idéia do quanto minhas atitudes poderiam inspirar outras pessoas a ter coragem de escolher seu próprio caminho. Fiz rodeio, relutei, cheguei a ensaiar algumas frases e acabava sempre apertando o botão delete. Até que li no Roccana o seguinte:

“Fui nadando contra a corrente, me escondendo num cantinho cada vez mais úmido e escuro e quando eu vi, era só mofo o que saía dali. Eu não sei ser outra que não eu, exposta, aberta, verdadeira, com rompantes de alegria ou tristeza, humor lunar, ataques de “sincerona”. Acho fundamental registrar alguns pensamentos, escrever e ler depois sobre o que estava sentindo naquele dia, refletir, digerir, pensar, dividir um pouco do que tenho e sei com outras pessoas, aprender, trocar idéias, experiências, receitas secretas de bolo. Por isso decidi manter um blog vivo."

Com isso queridos leitores, eis que aqui estou de volta para falar sobre a vida sem medo, mas com a certeza de que estamos mudando a cada dia para melhor e aprendendo muito com nossos erros e acertos.

Sempre me permiti seguir meu coração, por esse motivo estou de volta pra vocês e morrendo de saudades. Não se assustem com a Renata que hoje olhou pra mim no espelho e que graças à Deus nada tem a ver com a Renata de alguns meses atrás. Sinto que consegui subir alguns degraus num grau de evolução e amadurecimento.

Consigo olhar pra trás e ver o quanto fui imatura, impaciente, impulsiva, ingênua e equivocada  em algumas escolhas. O quanto foi importante ter tido a coragem de sacudir a minha vida para me conhecer de verdade e perceber que um dia me  importei  com o que não tem valor algum. Descobrir a minha força, coragem e independência. Descobrir que podemos ousar, brincar e se desapegar de velhos paradigmas que muitas vezes paralisam. Não que hoje eu seja exemplo de maturidade, mas com certeza amadureci alguns anos em poucos meses e estou com um olhar muito diferente sobre tudo.

Acho que a vida é isso. Reinventar-se todos os dias jogando no lixo o que não importa mais e renovando o estoque do que realmente nos faz feliz.


* Republicação de um texto muito apropriado para o momento