terça-feira, 11 de setembro de 2012

Vó Landinha e Vô José


Sinto que estou me despedindo deles. Tem momentos que prefiro não visitá-los para ficar na lembrança somente com os momentos bons. Quando me dou conta que eles estão "indo embora" vou correndo dar quem sabe o "último beijo e fazer a última 
piada". Lembrar do meu vô querido dizendo "Paz e Amor" repetidas vezes quando uma discussão começava, lembrar da Vó Landinha fazendo piada engraçada, lembrar do chimarrão antes do almoço com todo mundo na volta. A sopa de legumes com massa e o feijão com um toque único inimitável. 

O tempo passa e nada mais é como antes. O corpo enfraquece, as pernas desobedecem, o cérebro não comanda mais. 


Aos poucos estão partindo e nos mostrando que da vida nada se leva e que família só tem valor quando está unida e convivendo em harmonia. Nos mostrando que o que importa é ter saúde e amor em nossas vidas. Poder sentir paz ao deitar no travesseiro e acordar sorrindo para a vida. O resto é só resto. 


Não acredito na morte. Acredito em uma passagem da vida terrena para outra vida em outro lugar qualquer. Quando digo que acredito, não é da boca pra fora, acredito de verdade e sei que lá não haverá dores, nem suspiros ardidos. Só haverá flores num lindo campo florido. E então eu sei que meus velhinhos enfim estarão em paz.