Não sei você, mas eu tenho verdadeira adoração por Nelson Rodrigues. Aquele sarcasmo com humor inteligente. Aquela maneira de escrever a vida exatamente do jeito que ela é, recheada de verdades que chocam muitas vezes.
Sinto que tem um pouco dele dentro de mim. Sim, eu admito. Quando leio suas frases do tipo:
“Se todos conhecessem a intimidade sexual uns dos outros, ninguém cumprimentaria ninguém” ou então “Os homens mentiriam menos se as mulheres fizessem menos perguntas”, fico pensando que existe uma genialidade nessa forma de escrita.
Depois dependendo do curso que escolhemos, achamos que todos deveriam fazer nosso curso, pois é incrível como ele se aplica em diversas situações e é de fundamental importância na vida das pessoas.
Então resolvemos casar. Perceberam que revistas de noivas parecem brotar nas bancas, na fila do supermercado, na internet? Uma simples passeada no shopping faz você enlouquecer quando percebe que o universo está conspirando a teu favor colocando aos teus pés uma feirinha de noivas.
O tempo passa mais um pouco e você engravida. Pronto! Mas como é que nunca reparamos antes que existiam bebês por todos os lados? Verdadeiros gremlins que se multiplicam sem controle algum e a sensação que se tem é que tudo que você enxerga são artigos de bebê.
Então por acaso do destino você se separa, e começa a perceber que metade da população também se separou e faz tempo. Começa a gostar de conversar com pessoas que tiveram a mesma experiência. Simpatiza mais com aquela pessoa que tem uma história parecida com a tua. Nota que até a propaganda da margarina mudou de família feliz com um casal de filhos para o menininho comendo pão com margarina e perguntando para o namorado da mãe quais as intenções dele.
Viva, simplesmente viva da maneira que lhe convém, com os teus conceitos de felicidade e livre-se da camada asfixiante e podre da opinião alheia. Afinal, todos nós vamos morrer, isso é fato. Mas o que importa é se ao morrermos conseguimos ter a vida preenchida com nossos atos voltados para o nosso foco e não para o foco de outras pessoas que nos utilizaram como fantoches humanos para satisfazer seus ideais de vida.
Sinto que tem um pouco dele dentro de mim. Sim, eu admito. Quando leio suas frases do tipo:
“Se todos conhecessem a intimidade sexual uns dos outros, ninguém cumprimentaria ninguém” ou então “Os homens mentiriam menos se as mulheres fizessem menos perguntas”, fico pensando que existe uma genialidade nessa forma de escrita.
Escrever o que realmente é. A verdade jogada na cara das pessoas que mesmo não concordando com isso, acabam refletindo no silêncio do seu raciocínio que aquilo tem lógica. Como se dissesse o óbvio, mas que para muita gente não pode ser dito. As pessoas beijam, fazem amor, sentem tesão, masturbam-se e sentem milhares de coisas que todos nós sentimos. Mas ao falar de qualquer dessas questões o mundo acaba. As pessoas gelam, envergonham-se. Não, nada disso pode ser dito. Não podemos tocar em assuntos do gênero, pois isso não condiz com o que seria apropriado e correto dentro dos padrões da moral e dos bons costumes. Mas todo mundo faz.
Quando o autor faz referência a uma adúltera por exemplo, dizendo que ela é a mulher mais pura porque está livre do desejo que apodrecia nela, ele consegue não só causar indignação como uma reflexão por parte das mulheres que um dia sonham em buscar outras alternativas, não como adúlteras, mas como mulheres livres. Ele traz reflexão em meio ao que seria uma agressão para quem lê. Ele choca, gera polêmica. Mas ele diz verdades. E por serem verdades, podem irritar muita gente.
Hoje é meu lado Nelson Rodrigues que escreve. Vocês repararam como nosso foco muda completamente conforme nossa vida vai passando? Quando estamos fazendo vestibular, tudo que falar em resumo das matérias para as provas parece ter um neon vermelho nos chamando. Como se o mundo todo estivesse fazendo vestibular.
Depois dependendo do curso que escolhemos, achamos que todos deveriam fazer nosso curso, pois é incrível como ele se aplica em diversas situações e é de fundamental importância na vida das pessoas.
Então resolvemos casar. Perceberam que revistas de noivas parecem brotar nas bancas, na fila do supermercado, na internet? Uma simples passeada no shopping faz você enlouquecer quando percebe que o universo está conspirando a teu favor colocando aos teus pés uma feirinha de noivas.
O tempo passa mais um pouco e você engravida. Pronto! Mas como é que nunca reparamos antes que existiam bebês por todos os lados? Verdadeiros gremlins que se multiplicam sem controle algum e a sensação que se tem é que tudo que você enxerga são artigos de bebê.
Então por acaso do destino você se separa, e começa a perceber que metade da população também se separou e faz tempo. Começa a gostar de conversar com pessoas que tiveram a mesma experiência. Simpatiza mais com aquela pessoa que tem uma história parecida com a tua. Nota que até a propaganda da margarina mudou de família feliz com um casal de filhos para o menininho comendo pão com margarina e perguntando para o namorado da mãe quais as intenções dele.
Mas e o lado Nelson Rodrigues onde está? Está em dizer que quando não estamos passando por determinadas coisas que não coincidem com nosso momento de vida, não nos importamos com o que está fora do foco. Não percebo os bebês na rua quando estou focada no trabalho. Talvez uma bela pasta de couro me chame mais atenção do que um bebê lindo de olhos azuis passando do outro lado da rua. Sarcástico dizer isso? Não, verdadeiro.
Na real cada um se preocupa com o próprio umbigo e quando algo não está dentro do seu foco e da sua forma de ver a vida, então é imediatamente ignorado e muitas vezes criticado. Viramos seres compreensivos quando vivemos na pele determinadas situações em comum com a situação compreendida.
O que é correto para você? Qual seu ideal de vida? O que realmente vale a pena para chegar na morte com a sensação de dever cumprido? Não sei, mas o que você pensa pode ser totalmente errado e sem graça para mim e vice-versa. E daí? Que se dane! Quer saber, a verdade nua e crua é que todo mundo faz cocô e aniversário igual a todo mundo e ninguém é mais ou menos que ninguém porque teve determinados focos diferentes durante a vida.
Viva, simplesmente viva da maneira que lhe convém, com os teus conceitos de felicidade e livre-se da camada asfixiante e podre da opinião alheia. Afinal, todos nós vamos morrer, isso é fato. Mas o que importa é se ao morrermos conseguimos ter a vida preenchida com nossos atos voltados para o nosso foco e não para o foco de outras pessoas que nos utilizaram como fantoches humanos para satisfazer seus ideais de vida.