Sim, ela existe. Tem cara de bruxa, jeito de bruxa e mau-humor de bruxa. Ela é vampira. Ela suga a energia de todos a sua volta e contamina o ambiente. Ela te olha com cara de nojo e tem cara de quem não suporta ver o próprio reflexo no espelho, aliás, com razão.
Ela manipula quem ama e isola do resto da população com medo que alguém consiga estragar seu campo de manipulação. Ela é negativa. Ela é cinza, sem cor, sem entusiasmo, sem amor no coração. Ela pensa que tem amor pelas pessoas, mas ela não tem amor nem por si mesma.
Ela pensa que alguém se importa com o que ela pensa, quando na verdade todos se apavoram com seu pessimismo e amargura. Como boa vampira que é, ela repele as pessoas com energia boa porque não suporta ver os outros brilharem.
Tudo é feio, tudo é pequeno, tudo é infinitamente hostil ao seu redor. Se fosse desenho animado sairiam aquelas cobrinhas e caverinhas de sua boca na historinha toda. Ela pra sempre será lembrada como aquela pessoa negativa e infeliz que só o que soube fazer na vida foi plantar sementes podres e deixar na lembrança dos outros sua cara de bruxa malvada que saiu direto das histórias da Branca de Neve para entregar maçãs envenenadas por aí. Diga-se de passagem, com o veneno do próprio dente.
Você conhece gente assim? Eu conheço uma. Uma pessoa que é exatamente assim e o que mais me chama atenção é ver que ela não tem remédio. Está no DNA. Faz parte da sua natureza e o que podemos fazer é simplesmente nos afastarmos com olhar cheio de pena por saber que ela não tem o prazer de dar uma boa gargalhada da vida e por não lembrar de quando foi a última vez que conseguiu dormir sorrindo com paz e amor no coração, além de sair cantando rua afora algo mais ou menos assim: “E-e... Ela não é de nada... Oiá... Essa cara amarrada é só um jeito de viver na pioooooooor... E-e... Ela não é de nada oiá... Essa cara amarrada é só, um jeito de viver nesse mundo de mágoas”