quinta-feira, 20 de maio de 2010

Mudança

Eu adoro essa palavra. Estou em constante mudança. Aliás, como diria Raul Seixas, “eu prefiro ser essa metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo”. Sinto-me em fase de transição. Algo está acontecendo comigo caros leitores, a minha mudança está sendo interior e bastante profunda.

Já mudei diversas vezes a cor do cabelo, já mudei de apartamento, de lugar na mesa, de lado na cama. Mudei de solteira para casada, agora de casada para solteira, de filha para mãe, de sobrinha para tia. Mudei de magra para gorda e de gorda para magra de novo. Mudei de emprego e de carro. Mas de uma hora para outra comecei a analisar de perto a palavra transformação. Transformar sentimentos ruins em bons, abstrair da minha mente pessoas que não valem à pena.

É difícil abstrair coisas ruins. Estamos mergulhados num mar de notícias pesadas e negativas o tempo todo. Adoraríamos que não existisse “gentalha” fofoqueira em nossa volta, notícias ruins na televisão e todos fossem felizes e realizados, mas infelizmente isso parece impossível.

Percebi que não adianta ficar tentando mudar as pessoas, tentando preencher lacunas de suas vidas enquanto deixo lacunas na minha em aberto. Eu vou cuidar de mim, do meu filho, dos meus pais e do meu nariz. Se todos estiverem bem, transmitirão somente coisas boas ao meu redor e assim conseguiremos “contaminar” muita gente com nossa energia positiva.

E você? Olhe para o seu semblante no espelho. Sozinho, sem "maquiagens", sem precisar disfarçar nada para ninguém. Apenas olhe e tente penetrar no seu olhar até se transportar para dentro dos seus sentimentos. O que você é? O que você está transmitindo para os outros é real? É você mesmo? Você está feliz? Você está realizado? Você está fazendo o bem para os outros naturalmente por que está se sentindo bem e recebendo de volta boas vibrações ou está atrás de uma máscara fazendo gracinha para os outros rirem enquanto teu coração grita que tua vida estagnou? E aí? Será que vale a pena perder tempo de vida com algo que te consome, que te entristece e que te faz se sentir dentro de um corpo sem alma?

Você é aquilo que atrai. E não adianta fingir que não é contigo porque é. É a sua vida e só você pode tomar alguma atitude para mudar. Mudar é bom. Mudar é necessário e nunca é tarde para que isso aconteça. Mas sei lá... Cada um sabe onde o sapato aperta. A diferença é que uns atiram o maldito sapato longe e outros ficam cultivando calos dolorosos por anos a fio.