quarta-feira, 19 de maio de 2010

Juntos sim. Grudados jamais.

É incrível como algumas pessoas se anulam depois que casam. Perdem a noção e o senso do ridículo muitas vezes. Deixam de estudar, abandonam seus empregos, abdicando de sua independência financeira. Sentem como se os cônjuges fossem propriedade particular, um objeto, algo feito para exibir por aí como um troféu ou pior, uma bengala, alguém em quem se apoiar para sobreviver.

Num casamento, devemos servir de apoio sim, mas fortalecendo o outro. Devemos ter o nosso próprio espaço, o nosso próprio tempo. Fazendo do outro um companheiro agradável para nos acompanhar durante o nosso caminho, aquele que vai deixar tudo mais colorido, mais florido, mais alegre. O que não quer dizer que temos que alterar a rota traçada por causa disso.

As fraquezas nunca vão deixar de aparecer, pois independente de qualquer coisa somos humanos e estamos suscetíveis a carências, a intolerância, a inseguranças entre outras coisas. O que devemos observar é o quanto pequenas atitudes chatas pesam na balança da relação, pois de repente está pesando muito mais para um lado do que para o outro e a situação fica insuportável. Devemos procurar o equilíbrio. E ele está lá, dentro de nós. Mas só será atingido depois daquela conversa franca num momento de insônia a dois.

O casal não precisa ficar grudado o tempo inteiro, cada um tem sua vida e suas preferências. A frase que falamos na igreja diante do padre deve ser alterada para “na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, amando-te e respeitando-te enquanto a minha paciência achar que é conveniente”. Daí sim, podemos entender melhor a situação que nos espera diante do altar.

Nessa vida ninguém é de ninguém e podemos escolher quem realmente vale à pena. Com amor, afeto e respeito à individualidade. Pena que nem todo mundo pensa assim. Preferem viver infelizes para sempre até que a morte os separe. A vida é muita curta para escutar música ruim e ficar grudado em gente assim. Pelo menos é o que eu acho.