sábado, 12 de setembro de 2015

A vida dança na mudança

Novas energias me chamam para outro lugar. Como se esse esconderijo fosse uma casa onde preciso mudar. Ficam lembranças, textos e recordações de um tempo que muito contribuiu para formar quem sou hoje, mas quase nada do que está aqui preciso levar comigo agora. 

Não quero simplesmente deletar tudo que escrevi pelo simples fato de não concordar mais com muita coisa que acreditei numa determinada época da minha vida. São registros meus em muitas fases que me provam  o quanto somos capazes de mudar para melhor a cada dia. Vou deixar cada palavra, cada vírgula e colocar um ponto final. 

Estarei me reinventando numa nova fase em um novo lugar que não faço questão nenhuma de me esconder, por isso nada de esconderijo.   

Me acompanhem! Meu novo lugar cibernético é bastante aconchegante e alegre cujo único objetivo é transformar você. 

renatamirandacoach.blogspot.com

E se quiser saber mais um pouquinho sobre o que ando aprontando por aí visite meu site: www.transformarecoaching.com


Te espero lá.   :) 


Um forte abraço. 


Renata

quinta-feira, 28 de maio de 2015

Diário na lista dos mais vendidos

Para quem mandou fazer apenas uma pequena edição de 50 livros porque achava que só a mãe e as tias comprariam, ter que pedir uma segunda edição e ouvir da boca do Pedro Vanolin, coordenador da Feira do Livro de Caçapava do Sul, que o "Diário de uma mãe em surto" foi o livro mais vendido da Feira é uma enorme satisfação. Pra completar, da segunda edição que foi bem mais considerável que a primeira, restaram apenas dez exemplares que coloquei no Chalé dos livros para vender. Acho graça quando imagino um escritor renomado rindo da minha cara por considerar esses números um grande feito. Mas para mim foi algo importante e significativo. 

É preciso agradecer. Agradecer o carinho dos amigos, a entrevista da Tisa no Caçapava Online, que com certeza despertou a curiosidade dos leitores pela maneira inteligente como ela se expressa. Os queridos amigos da Portal FM que tão gentilmente me chamaram para falar sobre o livro. Paim lendo trechos que achou engraçado ao vivo. Odacir me surpreendendo sabendo tudo dos personagens. Franciele Denardini, minha querida colega de trabalho, fazendo propaganda do livro enquanto dávamos altas risadas. Momentos únicos que jamais esquecerei. Meu amado marido, que cuidou das crianças para que eu pudesse estar presente nos dez dias de feira. Aliás, não só ele como meu exército adorado, pais, irmãs, meu cunhado Didi e minha fiel escudeira Gina.


Resolvi publicar para me divertir. Testar a sensação de uma noite de autógrafos. Fazer de conta que estava numa grande brincadeira recebendo amigos que estariam interessados na minha escrita. A brincadeira virou realidade. Ganhei troféu, abraços, uma enxurrada de carinho e lavei a alma. Tudo isso só me faz ter cada vez mais certeza de que descobri minha vocação. Aos trinta e cinco anos posso afirmar que nunca em tempo algum senti tamanha alegria em tão pouco tempo. Talvez apenas com o nascimento dos meus filhos. Saber que faço as pessoas rirem de um monte de bobagens que escrevo significa que consigo transmitir alegria e proporcionar bons momentos para quem "me lê". Isso é muito especial. Conseguir plantar sementinhas de alegria por aí. 

Um dia me disseram que não podemos passar pela vida sem deixar um legado. Algo que é deixado para um todo e não só para uma pessoa. Devemos deixar nossa marca no mundo e ser lembrado com carinho pelas pessoas. Com a escrita acredito que conseguirei fazer isso. Todos esses livros circularão de mão em mão... Serão doados daqui um tempo quando estiverem atrapalhando alguma estante por aí. Outras pessoas irão sorrir quando Arlindo Orlando e suas tosquices surgirem aos olhos. Mães das mais diversas, sofrerão uma espécie de transformação ao perceberem que são Anas, donas de casa sofridas capazes de mudar o rumo de suas vidas e fazer valer sua existência na Terra. Afinal, a vida é muito especial para ser desperdiçada. Ela precisa ser vivida intensamente recheada de momentos únicos e especiais ao lado de quem amamos. Obrigada a todos que conseguiram me proporcionar isso. Vocês, queridos leitores do Diário, são realmente muito especiais para mim. Por culpa de vocês, meu desejo é escrever cada vez mais para que novos momentos como esse sejam possíveis.   

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Julgamento


Não julgar e analisar uma situação pode parecer fácil, mas a partir do momento que observamos nossas atitudes percebemos que é extremamente difícil. Abro meu facebook e dou de cara com algo que provoca uma risada sarcástica com pensamentos irônicos. Tudo muito carregado de crítica. Paro e penso: Tá mas, a pessoa está feliz, quer dizer ao mundo o quanto ama José Inácio e portanto altas declarações de amor e derramamento de mel por cima de nossas telas deveriam ser aceitas. Mesmo que isso esteja se repetindo pela quinta vez esse ano com parceiros diferentes. Mas o que eu tenho com isso? A vida é da criatura e ela, e só ela é que sabe aonde seu sapato aperta. Só ela sabe o que causa borboletas no estômago. Se está pela quinta vez numa nova tentativa, deveria ser admirada por ter a coragem de buscar a sua felicidade e não se contentar com migalhas como muitos fazem por aí. Ó... Outro julgamento.

Movimento a timeline e me deparo com outra cena tosca. Mas peraí... Tosca porque? Porque simplesmente dentro de uma opinião baseada nas minhas crenças achei tosca, quando na verdade a tosca sou eu por estar achando algo muito bacana tosco. Onde está escrito que eu tenho razão? Minha opinião pode oscilar conforme meu humor. Dependendo do ponto de vista a cena tosca nada mais é que uma brincadeira de alguém que estava extremamente feliz e queria demonstrar isso num determinado momento. Qual o problema? O problema sou eu que não estou na mesma “vibe” e fico achando tudo tosco dependendo do dia. Apenas isso. Se fosse alguém que eu conhecesse a fundo e soubesse os motivos de sua alegria, participaria dessa "tosquice" toda e acharia tudo muito engraçado também. Nossas percepções que determinam nossos próprios julgamentos.

Enquanto inevitavelmente analiso isso ou aquilo da vida dos outros, deixo de analisar o que realmente deve ter importância pra mim, ou seja, a minha própria vida. A começar por corrigir esse terrível defeito de ficar observando o que não me pertence. Erro aliás que todos nós cometemos. É difícil resistir. Quando menos percebemos já julgamos e condenamos uma determinada criatura, mesmo que em pensamento, por algum motivo qualquer. Enquanto for em pensamento, sem que saia pela boca, acredito que estaremos perdoados. Ou não. De qualquer forma fica a sugestão de promovermos exercícios diários. Cuidar de nosso próprio rabo e rezar para que os demais macaquinhos cuidem dos seus por aí. 

domingo, 10 de maio de 2015

Avalanche de amor

Escrevo na internet desde 2008. Participei de algumas antologias com escritores dos mais variados lugares do país. Agora lanço meu livro solo. Até aí nenhuma novidade. Ontem foi minha primeira sessão de autógrafos. Imaginava nos mais dourados sonhos, que seria um momento mágico, de realização plena, de concretização de um sonho. Foi muito mais que isso. Foi uma avalanche de amor. Onde a gente se surpreende a cada cinco minutos com uma onda de energia positiva de pessoas que te querem bem.

Cada gesto, cada rosto, cada conversa que tive, ficará pra sempre guardado em minha memória e com certeza no meu coração. Ao chegar a Feira minha colega Zilamar, da Unipampa, me recebe com um doce sorriso dizendo que não poderá ficar, mas precisa de um autógrafo. Logo em seguida, minha querida Carmem e seus olhinhos apertadinhos ao sorrir, pede um autógrafo para a filha. Sentei-me na plateia e fui surpreendida pela Inez e a Lulis com meu livrinho nas mãos. Aquele semblante querido onde uma se parece muito com a outra.  Nisso, Sr. Remaldo Cassol pede um autógrafo para a neta Sofia. Fica em dúvida se o conteúdo não é impróprio e enquanto eu dizia que não, confesso que suei frio lembrando algumas partes que poderiam ser. Já de antemão, peço desculpas para a minha querida Lorena, mãe da Sofia, caso tenha algo realmente forte que não tenha percebido. Mas acredito que não.

Lá pelas tantas chega um pedido para autografar um livro para minha querida Maura Masri que está morando em Santa Catarina e pediu que não deixassem de mandar o livro para ela. Da mesma forma, meu grande amigo Marcelo Silva que não pode estar presente, fez o mesmo pedido.

Começa a solenidade, discursos, troféus, homenagens. De repente minha avó que nunca sai de casa por nada desse mundo, entra no salão caminhando com dificuldade. Estava frio. Uma noite de sábado chuvosa. Reconheci imediatamente o quanto foi difícil para ela estar ali presente. Foi o único momento que realmente me emocionei a ponto de precisar ter um controle emocional forte para não chorar. Ver minha família na primeira fila me olhando orgulhosa. Todos com sorrisos largos no rosto depois de tudo que enfrentamos, momentos tão difíceis e dolorosos com a perda do nosso amado Marquinhos. Pensei: Tão bom poder estar juntos por um motivo de alegria. Geralmente a família toda se reúne pra chorar em velórios.

É hora da sessão de autógrafos começar. Rostos desconhecidos começam a surgir citando nomes e enquanto autografava, contavam-me os motivos pelo qual compraram o livro. Identificação com o título, porque me ouviram na rádio, porque ouviram falar muito do livro pela cidade. Ninguém me conhecia. Não faziam a menor ideia do tipo de texto que encontrariam. Que Deus me proteja de não ser alvejada na rua.

Mas em meio a tantos rostos, vários eram de amigos muito queridos pra mim. Quando enxerguei o Evelton e a Patrícia, imediatamente pensei: Esses dois são fantásticos. Somos colegas de Unipampa desde 2007 e desde então estabelecemos uma relação de irmandade extremamente fortalecida. Nos momentos mais difíceis e mais alegres da minha vida, eles estavam comigo. Sempre. Isso é algo extremamente importante pra mim. Uma relação de amizade, carinho e respeito que não se estabelece com qualquer pessoa por aí. Somos cúmplices. Parceiros. Amigos de verdade.

Meus pais tão lindos ali sorrindo pra mim, registrando em fotografia todos os momentos. Na confusão, esquecemos de tirar fotos juntos. Aliás, recebi um troféu das mãos de meu pai que na ocasião representava o Prefeito e ele carinhosamente sussurrou no meu ouvido: Tu sempre consegues o que quer, né mana? Tô orgulhoso de ti. Minhas primas, Amanda e Alice, meus tios, Zanza, Airton e Tileca, meu afilhado querido Pedro Henrique e sua doce namorada Bruna. Meu sobrinho Gabriel com a fofa da Thais, minha sobrinha adorada, minhas irmãs, Roberta e Rogéria suando o topete no revezamento para ajudar meu marido a segurar minha filha Marina. Gegezinha e Adilson até flores me deram.  Meus cunhados queridos. Meu amado Maurício, parceiro de todas as horas que tem que aguentar diversas pessoas pensando que ele é o Arlindo Orlando da trama. Cuidou da Marina durante todo o período que estive presente na Feira e ausente em casa. Meu idolatrado filho Guilherme, a pessoa que mais me inspira. Meu sonho. Meu grande amor.  Meus primos, Tutuca, “Tio” Boneti, Carol. Sempre por perto nos momentos significativos da minha vida. Flavio, meu primo “toca ficha”, dirigiu de Porto Alegre à Caçapava para estar presente. Como não colocá-los num lugar especial dentro do meu coração?  

Eis que surge Tisa Lacerda com flores nas mãos. A grande responsável pelo livro, me entregando mais esse presente. Nos divertimos com o branco que me deu na hora do autógrafo. As palavras simplesmente fugiram. Acho que foram passear em Lavras do Sul.  Deve ter sido porque eu queria dizer tantas coisas resumidas numa simples frase, pois sinto uma enorme gratidão por ela.

Falando em gratidão, Rosane Santos e seu doce sorriso me abraçou apertado. Detalhes assim que a gente registra. Percebemos a vibração positiva de alguém que realmente torce pela gente. Sinto nela um carinho de mãe. Minha revisora predileta.

O carinho dos colegas escritores, o lindo autógrafo que recebi da Ariane em seu livro, aliás, do seu pai Rivadávia também. Família de escritores é tudo de bom. A escritora Mariane Macedo, minha vizinha, ao autografar “Formiguinha Irada” disse que não podia ficar sem o livro da Vizinha. Surgiu então a ideia de lançarmos juntas “O livro da vizinha”. Consideramos um bom título. Mil ideias brotaram.

A Sra. Odila e sua filha Soraya, simplesmente derramaram uma montanha de carinho em cima de mim. Uns amores. A Priscila, leitora fiel que compartilha minhas postagens, foi com a família inteira me cumprimentar.  E a Camila? Acompanhada do Claiton, Maria Eduarda e Antônia, chegou dizendo que não estava indo à feira, mas buscar meu livro. Coisa mais querida!  Por isso acabei entregando à ela o livro que seria da Cleia, outra amiga querida, que pediu reserva. Ana Luiza, filha da minha fiel escudeira Gina, que não pode comparecer, aparece timidamente com seu sorriso lindo ao meu lado.

Momentos como esse nos presenteia com novos amigos. Tive o imenso prazer de conhecer a queridíssima Maria Izabel Mariano da Rocha Duarte. Nome de princesa. Fui presenteada com a fotobiografia de seu pai, José Mariano da Rocha Filho, criador da Universidade Federal de Santa Maria. 

De repente na fila aparecem pessoas querendo me abraçar sem livro nas mãos dizendo que não havia mais nenhum exemplar a ser vendido e perguntando como faziam para comprar. Confesso que o sorriso sarcástico do gato de Alice se instalou em meu rosto quando na verdade deveria ficar preocupada por deixar amigos sem livros nas mãos.  Eu realmente achava que só meus pais comprariam e que toda a edição ficaria guardada numa gaveta para presentear amigos. Fui deliciosamente surpreendida. Confesso! Podem me chamar de exibida! Adorei! Sim, sou dessas, nem tô, me julguem. Contei em minha lista trinta e dois nomes para enviar livros da próxima edição. Achei simplesmente fantástico. Nunca imaginei que alguém fosse querer “me ler” desse jeito. Tô ficando insuportável. É melhor tomar cuidado. Tepatia isso. De Caçapava Sucupira City para o mundo! Nem que seja de brincadeira na minha imaginação. Adorei tudo isso. Posso ir de novo?

De tudo aprendi algo extremamente importante, quando alguém que você considera muito estiver vivendo um momento significativo, faça um esforço... Se faça presente. Seja pelo motivo que for. Se não puder ir mande flores ou um simples cartão. Mas demonstre seu carinho de alguma forma. Pois nos lembramos de cada rosto, de cada abraço, de cada gesto de carinho, de cada sorriso, consideramos o esforço de cada um, nos emocionamos com presenças que envolveram certas dificuldades e mesmo assim se fizeram presentes. Percebemos que quando realmente somos queridas pelas pessoas, elas movem céus e terra para estarem ao nosso lado. Elas não medem esforços para nos prestigiar. Elas não ignoram a nossa alegria, pelo contrário, vibram conosco num abraço apertado. E ganham eternamente um lugar especialíssimo, num camarote VIP dentro dos nossos corações.



sexta-feira, 8 de maio de 2015

quinta-feira, 7 de maio de 2015

terça-feira, 28 de abril de 2015

sexta-feira, 24 de abril de 2015

A beleza da vida está na capacidade de

 correr atrás do que nos faz feliz... 

Marina e meu primeiro livro solo - Dois grandes sonhos realizados

sexta-feira, 17 de abril de 2015

De dentro de mim

Considerando que os dois saíram de dentro de mim, todos os pés da foto são meus...


Mudando de fase

É como um jogo de vídeo game em que vamos mudando de fase. Vai ficando cada vez mais difícil. Quando nasceu quase não se mexia e tudo era muito tranquilo de se fazer. Hoje, para limpar um simples nariz corcoveia mais que um cavalo bagual daqueles utilizados em ginetiadas, "sabequalé"?
Na hora do banho ficar deitadinha me olhando e sorrindo é coisa do passado. Pega impulso com os pés e se atira pra trás com uma força tamanha que não sei se aparto a cabeça pra não bater em nada ou se passo o shampoo. Já estou avaliando a possibilidade de usar biquíni e pé de pato para desempenhar tal tarefa.
O que me fez escrever esse texto foi meu olhar de desânimo que em segundos foi substituído por uma gargalhada depois de um belo tapa na colher na hora de tomar as vitaminas... Já faço isso antes do banho depois de descobrir que mancha para todo o sempre se encostar na roupa.
A cada fase vai ficando mais e mais difícil... Papinha atirada por todos os lados. Tomadas com tampa. Coisinhas pequenas representando um grande perigo se estiverem pelo chão. Cada fase cumprida passamos para outra pior. Saímos vitoriosos a cada conquista como se cada dentinho novo fosse uma nova pontuação. Sei que vou sentir saudades... E Talvez essa saudade seja a pior etapa do jogo do "video game" da minha vida.

quarta-feira, 15 de abril de 2015

quarta-feira, 25 de março de 2015

Recomeço...

Julho de 2014 foi minha última postagem por aqui. De lá pra cá muitas coisas aconteceram, ganhei uma filha, perdi um sobrinho. Aprendi a utilizar a alegria como meio de reagir para seguir vivendo.

Vovô Buca e Gui babando muito
Marina
Aprendi que um bebê pode ser muito mais poderoso do que se imagina. Ele é capaz de levantar uma família inteira num momento de luto. Acho que por mais que saibamos que um dia vamos morrer, nunca estaremos preparados, ainda mais assim, de uma hora pra outra num acidente estúpido.


Marquinhos
A saudade é do tamanho do mundo e a dor inexplicável. Junto a isso vem o medo enorme de perder as pessoas que ficaram. As cenas dos momentos felizes se misturam com os momentos tristes.  Em meio a tudo isso, ficou uma sementinha que descobrimos na missa de sétimo dia. João Marcos nasceu em fevereiro desse ano resgatando um pouquinho da presença do nosso inesquecível  Marquinhos.  


João Marcos
No balanço da vida, posso dizer que tudo que nos acontece vai nos lapidando, vamos sendo temperados com o melhor aço, vai melhorando a nossa maneira de ser e agir, nos fortalecendo. A cada ano que passa vamos sofrendo metamorfose, onde o sofrimento nos melhora como seres humanos.

Perdemos muito tempo preocupados com bobagens, com mágoas inúteis guardadas no peito. Perdemos tempo com inimizades, com antipatias, coisas que não agregam em nada nossa existência. De qualquer forma, o melhor a fazer é manter-se neutra, viajar para o mundo da reciprocidade, ficar perto das pessoas que sabem retribuir o carinho que lhes é dado e distante das que não sabem.  

O que realmente importa? Os momentos felizes com quem amamos. Que saibamos reconhecê-los e valorizá-los em nosso cotidiano.  A frase clichê “A felicidade está nas pequenas coisas” é extremamente verdadeira, mas pra isso é preciso saber enxergar o que realmente tem valor nessa vida. Algumas pessoas só descobrem quando perdem.  Perdem saúde, amores, pessoas.  Se atirarmos nossos problemas numa mesa junto aos problemas dos outros, com certeza acabaremos juntando de volta nossos próprios problemas. Só sei que por mais que algo muito forte se modifique dentro de mim, minha maneira alegre de ser não muda. Sei reagir, sei levantar, sacodir a poeira e dar a volta por cima sempre. Afinal, o que não tem remédio, remediado está. É pra frente que se anda não é mesmo?  Vida que segue!

terça-feira, 15 de julho de 2014

segunda-feira, 30 de junho de 2014

O lado B da Gravidez

E hoje foi dia de falar sobre o lado sem poesia da vida de uma grávida.

http://www.cacapavaonline.net/?lk=coluna_exibe&id=38

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Tepatia

Daí você está na fila do pão no supermercado e olha pra pessoa toda animada, sorri e dá um oi mais faceira que lambari de sanga quando ela simplesmente não responde e te retribui com a cara mais fechada que perna de freira, com um semblante mais pesado que pastel de batata e mais feio que cair de mão no bolso. Então você olha para o lado e enxerga um monte de cucas. Sua vontade é de conversar com elas e dizer:
- Oi cucas! E aí? Tudo bem com vocês ou vão me ignorar também?

“Má” vem cá hein? “Ma” porque que me adicionou “nos facesbrook” então? Para fuxicar a minha vida, criticar minhas bobagens, colocar defeito nas minhas fotos e alimentar tua inveja, hein “tepatia”? Se não é capaz de sorrir e muito menos de cumprimentar, vai te “afumentar” pra lá. No teu mundinho cinza e deprimente. Gente que não acha graça de nada pra mim não passa de uma mala sem alça que só o que sabe fazer na vida é discutir assuntos sérios e pesados sem relaxar o esfíncter nunca. Minha página é lugar de amigos e pessoas agradáveis, que dão muitas risadas, transmitem alegria, brincam com o cotidiano. Então pra quê ter amizade com gente sem graça? Elas servem pra que afinal?

Daí a pessoa vai para “os facesbrook” e começa a bater boca por causa disso. E aquilo vira uma baixaria de quinta categoria. Todo mundo visualiza e fica apavorado. Daí lá pelas tantas alguém se ofende porque achou que a indireta era pra si, porque sabe que é uma “tepatia” “horrive” por natureza. Daí quando tu vê tá na boca do povo com todo mundo comentando que tudo que te acontece na vida vai parar no “facesbrook”. Não que as pessoas não acompanhem como novela e adoram, mas elas gostam de criticar. Se tiverem concordância, colocam mais lenha na fogueira. Se alguém defender, fazem uma cara de desdém e escolhem outro alvo. Umas até fazem a mesmíssima coisa, mas enchem a boca pra dizer que a Cleuzinéia faz demais. A Cleuzinéia fica postando cada ida na “cadimia” e cada quilo perdido ela posta 56 mensagens de força e superação. Se acorda, dá bom dia, se comeu demais diz que tá passando mal e posta a foto da alface, se saiu pra “cadimia” diz : #partiucadimia. Deixa a criatura! O “facesbrook” é dela e se não quiser ver é só deixar de seguir. Mas não... Tem que ficar falando mal da Cleuzinéia sem parar só para ter assunto nas jantinhas “cazamigas”.  E quanto mais a Cleuzinéia vai afinando e ficando linda, mais mal falada ela fica. E se não tivesse Cleuzinéia hein? Que graça teria a vida? Daí vai ter gente achando que eu to falando sério escrevendo errado e sem parágrafo e to sendo redundante com "os daí"... Esse povo nunca está satisfeito mesmo!

 Não sei de nada... Só sei que vou deletar a pessoa da fila do supermercado. Mas depois. Primeiro vou dar tempo para ela ler a indireta que estou pensando em postar. Sim, sou dessas. Nem tô. Me julguem.


#adorobaterbocaemredesocial #acholindoquemdáindiretasnoface 

segunda-feira, 16 de junho de 2014

segunda-feira, 26 de maio de 2014

cacapavaonline


Hoje inaugura o novo portal de notícias da cidade onde moro. Uma novidade  no jornalismo caçapavano acostumado com jornal impresso uma vez por semana. 

Sinto-me feliz por fazer parte dessa história participando com uma coluna semanal abordando qualquer assunto. Saindo do esconderijo de vez em quando para ficar online em outra página com muito gosto.

Espero que gostem! ;)


sábado, 26 de abril de 2014

Pra que serve um facebook?

Por diversas vezes pensei em excluir minha página do facebook. Por diversas vezes me arrependi de ter escrito algo que não devia e até discuti questões inúteis com gente que acabou me odiando “ad eternum”, mesmo sabendo que isso repercute significativamente nas rodinhas de conversa por aí. Conquistei a antipatia de alguns e até mesmo a simpatia de quem não fazia ideia de como eu era de verdade, fora do estereótipo que se vê caminhando pela rua. Pois uma coisa é o que se pensa só de ver de longe, outra coisa é conhecer de fato a pessoa através dos diálogos, dos amigos e das preferências. Aliás, através dele  podemos descobrir até mesmo o nível intelectual pela quantidade de erros de português que a pessoa apresenta.

Não importa, facebook é o registro do cotidiano de cada um de nós. E isso é extremamente interessante. Se eu morrer amanhã, por exemplo, meu filho terá ideia de como era a mãe dele no dia-a-dia e como se comportava (ou não) com as pessoas. As mancadas, as fotos de momentos especiais, as indignações de algo que não saiu como o esperado, enfim... Tudo fica registrado nessa ferramenta fantástica do mundo moderno.

Serve também para chatear, quando nossa solicitação de amizade é negada e surpreender quando se aceita alguém que sempre te olhou meio “torto” na rua e no fim demonstra ser teu fã.  Dependendo da lua, aceitamos estranhos que viram amigos ou negamos o convite daquela pessoa que se conhece, mas que não se tem nenhuma amizade. Depois bate certo arrependimento, afinal, qual o problema dela ser mais uma amiga na lista? Lua! Não tem outra explicação.

Então você percebe que um grande percentual nunca entra em contato com você, só está ali para ficar de “butuca” ligada no que você está postando sem se manifestar. Ou não, pois ao mesmo tempo você se dá conta que também não entra na página de ninguém, nem quando estão de aniversário, porque fica só focada na sua. Então tudo bem vai, deixa o pessoal olhar!

Mas nem tudo dá para compartilhar. Há uma lista de amigos e conhecidos e há também os que não têm acesso algum a nossa vida fora da internet. Isso é importante. Quem não é meu amigo, não tem que saber de nada do que eu ando fazendo na vida. Há quem deixe sua página aberta ao público, mas eu acho desnecessário, além de perigoso.  Um prato cheio para quem te quer mal. Acho muito mais interessante deixar as criaturas loucas para saber o que se passa através daquela página vazia só com o meu nome e não ter como acessar. Os meus favoritos são os bloqueados que não devem entender nada quando meus amigos falam comigo e meu diálogo não aparece para eles em lugar algum.  Devem achar que estão loucos.  Tem aqueles que a gente deixa em “Stand By” e fica só cuidando decidindo se vai deletar ou não e um belo dia acorda e pronto! Apaga a criatura da vida para todo o sempre, até que a “saia justa” os coloque frente a frente novamente e te deixe com cara de “tacho”.  

Passei a ver minha página com outros olhos. Não me importo com a quantidade de arrependimentos e questões que se pudesse daria um “ctrl z” para desfazer o erro, isso faz parte. Afinal a vida não vem com manual de instruções. Nós mudamos de opinião constantemente na medida em que as informações vão surgindo em nossas vidas. Tudo é aprendizado. Inclusive olhando os erros dos outros e não só os nossos, aliás, dificilmente conseguimos perceber os nossos.

Não importa se você passou do ponto. Não importa se em algum dia foi a “bola da vez” nas rodinhas de conversa te chamando de chata pelo excesso de postagens do mesmo assunto. Não importa se trocou o status de relacionamento um bilhão de vezes e se esqueceu de apagar as fotos do passado confundindo todo mundo. O que importa é que o registro da sua vida, caso você morra e não possa mais apagar, seja de momentos felizes e plenos, com muito mais alegrias do que tristezas e que deixe muitas saudades a cada vez que alguém for lembrar de você.  Ainda dá tempo, você pode voltar, olhar para trás e decidir se o seu  álbum  e o registro dos seus atos está tornando sua vida algo que realmente vale a pena de ser vivido.  Tudo pode ser consertado. A vida pode e deve ser sempre bem colorida, divertida e feliz.  Sim, descobri que facebook serve pra isso.  Rever a vida, registrar momentos, dar boas risadas e deixar saudades.  

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Fanatismo

Todo fanatismo é burro. Uma ideia baseada em rejeição de qualquer outra ideia que não a da interpretação particular de quem o possui. E o mais estranho é que muitas vezes alguém considerado inteligente pode ficar sem raciocínio lógico algum quando resolve ser fanático. Prova disso é a reação de algumas pessoas diante da política, do futebol e da religião.

É um fervor excessivo, irracional e persistente. Para algumas pessoas, beira o delírio. Uma agressividade exagerada, totalmente desnecessária, um intenso individualismo onde a sua opinião está acima de qualquer coisa e suas ideias são carregadas de preconceitos. Um estreitamento mental impressionante que só demonstra o quanto um fanático pode ser fraco e dependente das suas crenças.

Ser apaixonado por uma ideologia, um time de futebol ou uma religião não significa aceitar o fanatismo. É preciso um equilíbrio de emoções e atitudes. Não podemos sair por aí agredindo as pessoas só porque elas pensam diferente de nós, embora podemos e devemos comemorar e extravasar na alegria quando algo que admiramos obtém um excelente resultado. Infelizmente não é o que se percebe nas redes sociais num final de campeonato por exemplo. As pessoas perdem a linha. São extremamente desagradáveis e infantis. Promovem comentários toscos sem estruturação do pensamento e sem uma conclusão coerente. Ofendem grandes amigos com comparações grosseiras que nada condizem com a realidade. E eu pergunto: Pra quê? De que adianta isso tudo? O que se consegue de positivo com isso?

Nos Estados Unidos, uma seita suicida simplesmente acreditou num maluco com um conceito de um avanço evolucionário e viagens para outros mundos e dimensões e pronto! Foi-se embora o raciocínio pela própria cabeça. Aliás, foi-se embora a cabeça. O treinamento de um terrorista, sobretudo dos homens-bomba é criteriosamente estruturado. A fé é a única convicção de todos eles. Não se trata de luta por território, por liberdade ou dignidade, trata-se apenas de obediência ao líder supremo: Alá. São como ovelhas, aonde um pastor vai gritando na frente e elas de cabeça baixa seguem em direção à mangueira sem sair do trilho das demais.  

É uma adoração cega por algo que acredita ser a tábua de salvação. Um pai que entrega o corpo do filho recém-nascido para uma seita, por acreditar na ideia de algum doente mental com excelente oratória, que o convenceu que assim ele conseguiria ser bem sucedido na vida. No fanatismo, até mesmo alguns ateus conseguem ser fanáticos. Querem combater qualquer ideia associada a uma crença em algo superior que possa transmitir paz a alguma pessoa na face da Terra. Ora, que diferença faz se uns acreditam em Buda, outros em Allan Kardec e outros em Jesus Cristo? Para eles tudo isso é ridículo e deve ser contestado em todas as oportunidades possíveis.

Fanático é chato. Desagradável. Geralmente está cercado por outros chatos fanáticos como ele.  Gente que segue o impulso de uma paixão sem ser coerente, ou seja, fazer o bem sem olhar a quem, desde que pense como eu dentro da minha crença religiosa. Ser educado e manter minha postura profissional, desde que seja do meu time ou do meu partido político.

Aliás, na política a situação é ainda pior, pois por uma sigla, fanáticos defendem uma corja de corruptos como se fossem seus próprios pais, brigam com amigos que questionam o comportamento de um bando de falcatruas e no final das contas o político pelo qual se brigou tanto está apertando a mão do adversário combinando um acerto posterior nojento de benefícios mútuos.

Afinal, o fanatismo serve pra quê? Algo que cega, que perde a linha, que promove discórdias e antipatias. Que não gera uma discussão lógica e coerente de pontos de vista distintos. Que não traz benefício algum.   Demonstrar sua paixão através de ofensas com alguém que pensa diferente é algo totalmente desnecessário e burro.

Profissionais, que deveriam ter certa postura, perdem completamente a linha por serem fanáticos. Amigos acabam discutindo e ofendendo-se gratuitamente sem a menor necessidade. Namoros são impedidos pela diferença de cultos. Fanatismo é nojento. É algo que só demonstra o quanto a pessoa é fraca e pequena pra quem olha de fora. O quanto o ser humano está longe da evolução e prefere viver dentro de um pequeno círculo de opinião para não precisar gastar energia com raciocínio. Digno de pena.